Homens armados mataram 22 pessoas neste domingo no balneário de Grand-Bassam, ao leste de Abidjan, segundo anunciou o presidente marfinense, Alassane Ouattara.
Seis atiradores atacaram hotéis na praia de Grand Bassam, um refúgio de fim de semana popular, antes de serem mortos em confronto com as forças especiais da Costa do Marfim. Cidade histórica e ex-capital da Costa do Marfim na costa do Golfo da Guiné, Grand-Bassam abriga vários hoteis frequentados por uma clientela internacional.
“O balanço é duro”, declarou o presidente Ouattara, que foi ao local da tragédia.
“Eles começaram a atirar e todo mundo simplesmente começou a correr. Havia mulheres e crianças correndo e se escondendo”, disse a testemunha Marie Bassole. “Começou na praia. Eles atiravam em quem vissem.”
Segundo um jornalista da AFP no local, várias pessoas estavam sendo retiradas, entre elas uma ocidental ferida. Forças de segurança se mobilizaram para retirar todas as pessoas dos arredores da praia. Buracos de bala puderam ser vistos nos veículos próximos ao local, e algumas janelas foram estilhaçadas a tiros.
O presidente francês, François Hollande, denunciou “fortemente este covarde atentado”, que causou a morte de “pelo menos um francês entre (mais de) uma dezena de civis”.
“A França forneceu seu apoio logístico e de Inteligência à Costa do Marfim (…) continuará e intensificará sua cooperação com seus sócios na luta contra o terrorismo”, de acordo com a nota divulgada pela Presidência.
O grupo Al-Qaeda do Magreb Islâmico (Aqmi) teria assumido esse ataque ao resort, de acordo com o SITE, organização americana que monitora a movimentação das páginas islamitas na Internet.O Aqmi destacou que seus “três heróis” cometeram o ataque e prometeu dar detalhes da operação mais tarde, relatou o SITE.
“Pela graça de Alá e Sua concessão de sucesso, três heróis dos cavaleiros da Al-Qaeda al-Jihad no Magreb Islâmico foram capazes de atacar o resort turístico ‘Grand-Bassam’, situado no leste da cidade de Abidjan, na Costa do Marfim”, informou o Grupo de Inteligência SITE, que publica o comunicado do Aqmi.
Com AFP e Reuters