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Ataque aéreo feito por Israel incendeia porto de Latakia, na Síria

Israelenses realizaram centenas de ataques ao país desde o início da guerra civil, em 2011; este é o segundo a atingir a região apenas neste mês

Por Matheus Deccache Atualizado em 28 dez 2021, 12h43 - Publicado em 28 dez 2021, 12h01

O governo de Israel lançou um ataque ao porto de Latakia, na Síria, na madrugada desta terça-feira (28), provocando um incêndio que se estendeu por toda a orla. Este é o segundo ataque ao centro de carga da região apenas neste mês. 

Os israelenses têm realizado ataques aéreos de forma rotineira desde o início da guerra civil no país vizinho, em 2011, visando principalmente as tropas militares sírias e as forças aliadas apoiadas pelo Irã e pelo Hezbollah. 

No entanto, essa é apenas a segunda vez que a ofensiva atinge a região de Latakia, vista como o coração da comunidade minoritária alauita do presidente Bashar al-Assad – a primeira aconteceu em 7 de dezembro. 

“Por volta de 3h21 da manhã, horário local, o inimigo israelense realizou uma agressão com vários mísseis da direção do Mediterrâneo visando o pátio de contêineres no porto de Latakia, causando danos significativos”, disse uma fonte militar à mídia estatal da Síria. 

Em resposta, um porta-voz do governo de Israel afirmou que o país não comenta sobre notícias de mídias estrangeiras. 

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Fotos divulgadas mostraram bombeiros lavando os contêineres em chamas durante a noite. De acordo com a agência de notícias síria, foram atingidas cargas de óleo de motor e peças para carros e outros veículos. 

Porém, o Observatório Sírio de Direitos Humanos, no Reino Unido, disse que eram transportadas armas e munições, o que justifica as “poderosas explosões que foram sentidas na cidade de Latakia e seus arredores”. 

A ofensiva aconteceu a cerca de 85 quilômetros de uma base naval da Rússia no país, outro grande aliado do governo na guerra civil. 

Até agora, Israel já realizou mais de 30 ataques contra a Síria apenas em 2021, ocasionando a morte de 130 pessoas, dentre elas cinco civis e 125 combatentes, de acordo com o Observatório.

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Embora os israelenses raramente comentem sobre ações no país vizinho, o governo reconheceu que acumulou centenas desde 2011. 

Segundo relatório feito pelo exército, além dos 30 deste ano, outros 50 ataques foram realizados ao longo de 2020. Na operação mais mortal até o momento, em janeiro, 57 aliados de Bashar al-Assad foram mortos no leste da Síria. 

Em defesa, o chefe de inteligência militar de Israel diz que as ofensivas são uma medida necessária para impedir que o Irã ganhe espaço próximo a sua fronteira, alegando que o país “continua a promover a subversão e o terror no Oriente Médio”.

Em uma guerra sombria, o governo israelense tem focado em instalações iranianas suspeitas na Síria de modo a boicotar o programa nuclear iraniano. O Irã tem sido um dos principais apoiadores do presidente sírio, financiando, armando e comandando uma série de grupos e milícias estrangeiras para lutar ao lado das forças regulares. 

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Desde o início do conflito, mais de 500.000 pessoas foram mortas em todo o território sírio. 

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