Um homem foi preso nesta quinta-feira, 29, pelas forças policiais da Arábia Saudita após ter atacado com uma faca e ferido um guarda do consulado da França na cidade de Jeddah na província de Meca.
Segundo o porta-voz da polícia de Meca, Mohammed al Ghamdi, o agressor detido, que não foi identificado, tem mais de 30 anos de idade. Ele será indiciado.
Em um comunicado, a embaixada da França disse que a vida do segurança não corre perigo e que ele já foi transferido para um hospital. A missão também apelou aos franceses na Arábia Saudita para aumentarem sua vigilância.
“A embaixada francesa condena veementemente este ataque contra uma legação diplomática que nada pode justificar”, disse a embaixada do país na Arábia Saudita.
Também nesta quinta, três pessoas foram mortas em Nice, na França. Os ataques ocorrem em meio aos protestos e pedidos de boicotes no mundo muçulmano contra o presidente francês, Emmanuel Macron, que, ao velar o corpo de um professor morto após ter mostrado as caricaturas do profeta Maomé numa aula sobre liberdade de expressão, condenou o radicalismo islâmico.
Nos países de maioria muçulmana, como Bangladesh, Paquistão, nações árabes, Irã e Turquia, governo e população acusam Macron de ter “insultado” sua fé como uma forma de perseguição contra a minoria islâmica na França ao defender o professor morto. O presidente da Turquia, Recep Tayip Erdogan, chegou a afirmar que o tratamento dado aos muçulmanos na Europa era equivalente ao antisemistismo no século XIX.