Associação farmacêutica da Venezuela lista 150 medicamentos em falta no país
Entre os pacientes afetados pela escassez de remédios estão hipertensos, diabéticos e doentes em tratamento de diversos tipos de tumores

A Federação Farmacêutica Venezuelana (Fefarven) listou 150 medicamentos que estão em falta no país. Entre os produtos listados estão remédios para o tratamento de doenças crônicas, como hipertensão, e de diversos tipos de câncer. Por causa da grave escassez de remédios para atender a uma população de 29 milhões de pessoas, a Venezuela está sofrendo “uma crise humanitária” e requer ajuda internacional rápida, de acordo com a associação.
“O governo nacional precisa aceitar que estamos numa crise humanitária no setor de saúde, com pacientes morrendo no nosso território por falta de remédios”, disse o presidente da associação, Freddy Ceballos, em comunicado. “É necessário ativar todos os mecanismos de ajuda internacional para a saúde para resolver essa crise o quanto antes”, acrescentou ele, sem especificar que ajuda deveria ser buscada.
O presidente da Fefarven informou que há cerca de 7 milhões de unidades de medicamentos disponíveis nas drogarias do país atualmente, a maioria para doenças de baixa ocorrência, e que para atender às necessidades venezuelanas, as farmácias deveriam estar abastecidas com ao menos 45 milhões de medicamentos, grande parte para as doenças mais comuns.
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Atualmente, o governo chavista centraliza todas as importações, mas é incapaz de assumir a dívida com a indústria farmacêutica, que já excede 5 bilhões de dólares, cerca de 20 bilhões de reais. Já a produção nacional, como os outros setores do país, não recebe as matérias primas que necessita.
Em dezembro, o caso de um menino de 3 anos que morreu pela falta de um remédio voltou a chamar a atenção para a crise. Ricardo Medina, que sofria com um câncer no pulmão, precisava urgentemente de um medicamento chamado cardioxane, um protetor cardíaco para pacientes que fazem quimioterapia. A família da criança chegou a fazer pedidos e reclamações desesperadas nas redes sociais, mas o hospital não conseguiu o remédio e Ricardo acabou morrendo. “Não conseguiram o medicamento. Graças a esse governo maldito. Meu sobrinho de 3 anos morreu nessa madrugada”, escreveu a tia do menino, Adriana Medina, em sua página no Twitter no dia 14 de dezembro.
(Com Reuters)
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