Nações Unidas, 16 fev (EFE).- A Assembleia Geral da ONU aprovou hoje por grande maioria uma resolução que condena ‘as sistemáticas violações dos direitos humanos’ cometidas pelo governo da Síria, e pede o início do plano de transição proposto pela Liga Árabe.
Segundo a primeira apuração da votação, a resolução recebeu o sinal verde de 137 países. Outros 17 se abstiveram e 12 votaram contra – entre eles, além da própria Síria, se opuseram Rússia, China, Irã, Coreia do Norte, Cuba, Venezuela, Equador e Bolívia.
‘O plano da Liga Árabe é a única maneira real de o povo sírio conseguir suas legítimas aspirações de liberdade e democracia’, disse o embaixador egípcio, Maged Abdelfattah Abdelaziz, ao defender a resolução como representante dos países árabes na Assembleia Geral.
Rússia e China, que na última votação referente à Síria na Assembleia Geral tinham se abstido, votaram hoje contra o texto árabe, que condena contundentemente os ataques contra a população síria e respalda ‘completamente’ o plano de transição preparado pela Liga Árabe.
A Rússia ameaçou submeter a votação também as emendas que tinha proposto ao texto para poder votar a favor, e que estavam dirigidas a calibrar por igual a violência desdobrada pelo regime sírio com a dos manifestantes que pedem reformas democráticas no país, mas não deu esse passo.
A resolução aprovada pela Assembleia Geral, órgão consultivo da ONU onde não existe o poder de veto, condena ‘as violações contínuas e sistemáticas dos direitos humanos e as liberdades fundamentais por parte das autoridades sírias, assim como ‘o uso da força contra civis, as execuções arbitrárias, o assassinato e a perseguição’ de pessoas.
O texto exorta o governo da Síria a pôr fim ‘imediatamente a todas as violações dos direitos humanos e aos ataques contra civis, proteger sua população e cumprir cabalmente suas obrigações derivadas do direito internacional’. EFE