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Assembleia Geral da ONU exige fim de embargo contra Cuba

Por Norberto Duarte
25 out 2011, 15h36

A Assembleia Geral da ONU exigiu nesta terça-feira pelo vigésimo ano o fim do embargo americano imposto a Cuba há meio século, em uma resolução adotada por uma maioria de 186 países.

A resolução foi adotada por 186 votos a favor, apenas dois contra (Estados Unidos e Israel) e três abstenções.

“O dano econômico direto contra o povo cubano supera os 975 bilhões de dólares”, disse Bruno Rodríguez ao defender a resolução que condena o embargo e exige seu fim diante da Assembleia Geral reunida em Nova York.

Rodríguez lembrou que em 1991 foi incluída pela primeira vez a questão de eliminar o bloqueio contra Cuba, em um momento em que os Estados Unidos pretendiam com “cruel oportunismo” apertar o cerco contra a ilha, após a queda do bloco soviético.

“É inacreditável o fato de que 20 anos depois esta Assembleia continue analisando este assunto”, completou, reiterando que “os Estados Unidos nunca ocultaram que seu objetivo é derrubar o governo revolucionário” cubano.

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“Cuba mudará tudo o que deve ser mudado dentro da revolução e dentro do socialismo: mais revolução e mais socialismo. O que não mudou é a política de agressão dos Estados Unidos”, continuou.

Antes da votação, o representante dos Estados Unidos, Ron Godard, afirmou que essa resolução busca “confundir” e insistiu que o embargo é uma “questão bilateral” entre seu país e Cuba.

“Nosso objetivo é conseguir um ambiente mais aberto em Cuba, melhorar os direitos humanos e liberdades fundamentais”, disse Godard.

Em 2010, a resolução foi aprovada por 187 votos votos a favor, apenas dois contra (Estados Unidos e Israel) e três abstenções (Micronésia, Palau e Ilhas Marshall).

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Nesta terça-feira, a primeira intervenção na Assembleia Geral esteve a cargo da Argentina, cujo representante permanente, Diego Limeres, afirmou que apesar das promessas e medidas anunciadas no ano passado pela administração do presidente Barack Obama, “o embargo continua em grande parte sem mudanças”.

“Começaram a tomar passos na direção correta, mas um ano se passou e as medidas tiveram um efeito limitado. O embargo continua se aplicando”, disse Limeres, que falou em representação do Grupo dos 77 e China, do qual a Argentina exerce a presidência atualmente.

O embaixador do Uruguai na ONU, José Luis Cancela, que se manifestou em nome do Mercosul, afirmou que o embargo contra Cuba “é um exemplo de políticas obsoletas que não têm lugar na atualidade”.

Pouco depois, o representante venezuelano, Jorge Valero Briceño, lembrou que a ONU fez “um chamado quase universal para colocar fim ao bloqueio” e afirmou que “é vergonhoso que esse chamado não seja ouvido ano após ano por aqueles que com frequência violam o direito internacional”.

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Antes da votação, o líder cubano Fidel Castro, 85 anos e afastado do poder desde 2006 pela crise de saúde, afirmou em um artigo publicado na imprensa local que a resolução evidenciaria a necessidade de colocar fim ao bloqueio “criminoso” e ao sistema capitalista que “coloca em risco a sobrevivência” do homem”.

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