Assembleia Geral da ONU condena o regime sírio
Com valor mais simbólico do que prático, resolução pede renúncia de Assad
A Assembleia Geral da ONU aprovou nesta quinta-feira por grande maioria uma resolução que condena “as sistemáticas violações dos direitos humanos” cometidas pelo governo da Síria. O documento também pede o início do plano de transição proposto pela Liga Árabe, que exige a renúncia do ditador Bashar Assad e o início da transição democrática, entre outros pontos.
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Entenda o caso
- • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março para protestar contra o regime de Bashar Assad, no poder há 11 anos.
- • Desde então, os rebeldes sofrem violenta repressão pelas forças de segurança do ditador, que já mataram mais de 5.400 pessoas no país, de acordo com a ONU, que vai investigar denúncias de crimes contra a humanidade no país.
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Segundo a apuração da votação, a resolução recebeu o sinal verde de 137 países, entre eles o Brasil. Outros 17 se abstiveram e 12 votaram contra, entre eles Rússia, China, Irã, Coreia do Norte, Cuba, Venezuela, Equador e Bolívia. No dia 4, russos e chineses vetaram resolução semelhante no Conselho de Segurança da ONU.
O texto aprovado nesta quinta-feira pela Assembleia Geral tem mais valor simbólico do que prático, uma vez que o organismo não tem poder para determinar ações concretas na Síria como, por exemplo, uma intervenção militar ou a criação de uma missão de paz, como defende a Liga Árabe.
(Com agência EFE)