Assassino de menino desaparecido é hospitalizado
Homem que confessou o crime iria se apresentar à justiça nesta sexta-feira
O assassino confesso do menino Etan Patz, desaparecido há mais de 30 anos em Nova York, foi hospitalizado antes de sua aguardada apresentação à justiça americana pela primeira vez nesta sexta-feira.
Pedro Hernández, um porto-riquenho de 51 anos, estava sendo mantido sob vigilância permanente. Segundo a imprensa nova-iorquina, as autoridades temiam que tentasse se suicidar, versão que foi desmentida por uma porta-voz da polícia de Nova York, a detetive Gina Sarubbi. Segundo ela, o réu foi levado ao hospital Bellevue em Manhattan devido a um problema de saúde anterior à sua prisão.
“Não há temor algum de suicídio em relação a essa pessoa”, disse Sarubbi. Hernández ia se apresentar nesta sexta-feira a um juiz estadual em Manhattan e seria acusado por assassinato em segundo grau.
História – O pequeno Etan Patz desapareceu em 25 de maio de 1979 quando tinha seis anos, na primeira vez em que saía sozinho de casa, para pegar o ônibus escolar em um ponto que ficava a menos de 100 metros de onde morava.
Na terça-feira, o chefe da polícia da cidade, Ray Kelly, anunciou que Hernández confessou ter estrangulado Etan no porão de um mercado de Manhattan, perto do ponto de ônibus, com a promessa de um refrigerante.
Depois de asfixiar a criança, Hernández embrulhou o corpo em um saco plástico e o colocou no lixo, de acordo com Kelly. “Os restos do menino nunca serão recuperados”, acrescentou.
Patz foi declarado morto em 2001 e, ainda que ninguém tenha sido formalmente culpado por sua morte, a família ganhou em 2004 um processo civil de dois milhões de dólares contra José Antonio Ramos, noivo da babá de Patz, atualmente preso por pedofilia.
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Reabertura – Em abril, depois de anos de silêncio, a polícia e o FBI reabriram a investigação gerando bastante inquietação ao realizar uma escavação no porão da esquina da rua onde ainda vivem os pais de Etan.
Munidos de martelos, dezenas de investigadores quebraram o piso de concreto do porão para chegar à terra e à base dos muros, antes de coletar evidências para análise. Nada foi encontrado.
Contudo, foi após esse episódio que a polícia recebeu a pista que os levou ao assassino. Hernández é o terceiro homem identificado como suspeito no caso, mas o primeiro a ser acusado.
Em 1983, o presidente Ronald Reagan declarou a data de 25 de maio como o “Dia Nacional do Menino Desaparecido”, em homenagem ao pequeno Etan. Um ano depois, foi criado o Centro Nacional para Crianças Desaparecidas.