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Assange faz ameaça a festival de cinema com ação judicial

O fundador do Wikileaks não quer que festival exiba o documentário ‘Wikileaks: Segredos e Mentiras’, realizado por uma produtora britânica

Por Da Redação
11 set 2012, 16h21

O fundador do Wikileaks, Julian Assange, ameaçou entrar com uma ação judicial contra o festival de cinema South by Southwest (SXSW), nos Estados Unidos, caso seja exibido o documentário “Wikileaks: Secrets and Lies” (Wikileaks: Segredos e Mentiras), noticiou o jornal britânico The Guardian.

Entenda o caso

  1. • Julian Assange é acusado de agressão sexual por duas mulheres da Suécia, mas nega os crimes, diz que as relações foram consensuais e que é vítima de perseguição.
  2. • Ele foi detido em 7 de dezembro de 2010, pouco depois que o site Wikileaks, do qual é o proprietário, divulgou milhares de documentos confidenciais da diplomacia americana que revelam métodos e práticas questionáveis de muitos governos – causando constrangimentos aos EUA.
  3. • O australiano estava em prisão domiciliar na Grã-Bretanha, até que em maio de 2012 a Justiça determinou sua extradição à Suécia; desde então, ele busca meios jurídicos para ter o caso reavaliado, com medo de que Estocolmo o envie aos EUA.

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Assange, que está refugiado na embaixada do Equador em Londres, afirmou que o documentário é difamatório, injusto e que sua privacidade tinha sido invadida. As ameaças de um processo judicial foram feitas depois de a Ofcom, entidade responsável por regulamentar a mídia na Grã-Bretanha, ter rejeitado uma denúncia do australiano contra a exibição do filme.

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Assange enviou um e-mail intitulado “Carta antes da ação”, ao qual o Guardian teve acesso, para os organizadores do festival solicitando informações sobre os procedimentos para realizar uma reclamação, acrescentando que “este último pedido é feito sem prejuízo a qualquer ação legal subsequente que eu possa tomar contra o SXSW pela exibição deste programa calunioso”.

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Ele alegou ainda na mensagem que a Oxford Film & Television, a produtora independente responsável pelo documentário, estava “sob investigação pelo órgão regulador britânico Ofcom por múltiplas violações do Código de Radiodifusão”.

Patrick Forbes, chefe de documentários da Oxford Film & Television, saudou a decisão da Ofcom e elogiou o festival SXSW por não ceder à pressão do fundador do Wikileaks. “Julian Assange atacou este filme e nos acusou de sermos injustos com ele. Estou muito contente que a Ofcom tenha rejeitado suas queixas”, declarou Forbes ao Guardian.

Na noite de segunda-feira, Assange respondeu à decisão da Ofcom com uma longa declaração no site do WikiLeaks. Ele disse que a decisão “omite muitos pontos substanciais do fato” e acusou os produtores do programa de produzir um “documentário tendencioso e unilateral”.

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Histórico – A Justiça da Suécia solicitou a extradição de Assange por causa das denúncias de duas mulheres por agressões sexuais, as quais ele nega reiteradamente. O fundador do site WikiLeaks, de 41 anos, está abrigado na embaixada equatoriana em Londres desde 19 de junho, quando pediu proteção ao presidente Rafael Correa, cujo governo finalmente lhe concedeu asilo diplomático.

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