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Artista presa depois de enviar ‘selfie’ de vagina diz estar ‘indignada’

Petição online já reuniu milhares de assinaturas pedindo a libertação de Megumi Igarashi

Por Da Redação
17 jul 2014, 18h30

A artista presa depois de enviar um molde digital de sua vagina a colaboradores de sua obra prometeu lutar contra a acusação de obscenidade. Megumi Igarashi, de 42 anos, já conseguiu o apoio de milhares de pessoas que assinaram uma petição dirigida à polícia de Tóquio pedindo sua libertação.

A japonesa, que usa o pseudônimo Rokudenashiko (‘menina má’) em seu trabalho, disse que cerca de dez policiais foram à sua casa no último sábado e ela imaginou que eles iriam apenas apreender algumas de suas peças. “Eu não esperava ser presa, de forma alguma. Mesmo quando eles estavam confiscando meu trabalho, eu pensei ‘esta será uma boa história’. Mas então eles me algemaram e me prenderam. Estou indignada”, disse, em entrevista concedida na prisão à agência Reuters. Ela acrescentou que já planeja escrever sobre sua experiência atrás das grades.

Megumi usava roupas fornecidas pela polícia (calça preta e camiseta) e contou que era autorizada a tomar banho duas vezes por semana e que estava se alimentando de torradas com geleia e suco por não ter dinheiro para pagar por refeições extras. Ela poderá ficar atrás das grades até o final do mês, até que as acusações sejam apresentadas.

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A definição do que é considerado obsceno é vaga no Japão, mas no caso da artista, sua prisão constitui uma censura ao seu trabalho – independente da validade de peças no formato de sua genitália para “desmistificar” o órgão, como ela defende. Se for condenada, Megumi poderá ser multada em mais de 50.000 reais e poderá ficar até dois anos presa na cadeia.

Sua advogada, Kazuyuki Minami, afirma que o caso levanta um debate tanto sobre os direitos das mulheres como sobre a liberdade de expressão artística. O ponto principal do debate será decidir se a vagina pode ser considerada obscena, acrescentou. “Esta será uma batalha difícil”.

Pornô com tarja – O Japão tem uma grande indústria pornográfica, que é regulada pelo código criminal de 1907. Nos vídeos pornográficos distribuídos no país, as cenas de sexo aparecem com tarjas sobre a genitália dos atores, uma forma encontrada para evitar acusações. Em 1951, um caso analisado pela Suprema Corte do país definiu obscenidade como algo que estimula o desejo e viola o senso de vergonha sexual e moral de uma pessoa.

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