A Justiça equatoriana arquivou uma denúncia penal contra o presidente Rafael Correa por crimes de lesa-humanidade devido a uma rebelião policial em 30 de setembro de 2010, que deixou vários mortos e feridos, informou a procuradoria neste sábado.
O juiz da Corte Nacional de Justiça (CNJ), Richard Villagómez, arquivou a ação e a qualificou como “temerária e maliciosa”, segundo um boletim do órgão investigador, que havia pedido o arquivamento do processo.
Villagómez também ordenou que as autoridades continuem retirando o caráter confidencial da informação relacionada à revolta para avançar nas investigações.
Durante a audiência, o promotor-geral, Galo Chiriboga, afirmou que após nove meses de indagações “não foi encontrada a existência de fundamentos que permitissem deduzir uma imputação pelas condutas punitivas apontadas pelos denunciantes, muito menos um crime penal como o de lesa-humanidade”, afirmou o relatório.
A acusação foi apresentada em 4 de agosto passado pelo congressista Cléver Jiménez e outros dirigentes opositores, que afirmaram que o faziam por formalismo, pois seu objetivo é levar o caso ao Tribunal Penal Internacional (TPI).
Os denunciantes asseguram que Correa ordenou o exército a disparar contra um hospital onde esteve detido por várias horas durante a insurreição policial. Dez pessoas morreram durante o dia, cinco delas em Quito.