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Argentina expande luta contra Covid-19 para teatros e clubes de futebol

Perto da marca de 2 milhões de casos, país passou a utilizar espaços fora do sistema de saúde, como Memorial de Núñez, para vacinar e testar população

Por Da Redação Atualizado em 2 fev 2021, 19h33 - Publicado em 2 fev 2021, 19h06

Prestes a alcançar a marca de 2 milhões de casos do novo coronavírus e mais de 48 mil mortes, a Argentina vem adotando uma nova estratégia para frear o avanço da pandemia em seu território: a utilização de espaços fora do sistema de saúde para vacinar e testar a população.

Entre esses locais estão pontos turísticos como o lendário Teatro Colón e o estádio Monumental de Núñez, casa do River Plate. No entorno do estádio, o silencioso vaivém das pessoas que vão ser vacinadas contrasta com a agitação dos torcedores antes das partidas.

“A ideia de que os clubes participem é uma mensagem porque têm muita representatividade social”, explicou à AFP Gabriel Batistela, subsecretário de Atenção Básica, Ambulatorial e Comunitária da Cidade de Buenos Aires.

Além do River Plate, o seu maior rival, o Boca Juniors, também participará da estratégia, assim como San Lorenzo, Huracán, Vélez Sarsfield, Racing e Atlanta. A participação dos clubes “adiciona um ponto positivo e uma disseminação da mensagem da vacinação”, afirmou Batistela.

Vacinação em quadra de basquete do River Plate, em Buenos Aires. 02/02/2021
Vacinação em quadra de basquete do River Plate, em Buenos Aires. 02/02/2021 (Juan Mabromata/AFP)

Além dos estádios de futebol, o governo também irá instalar postos de vacinação em museus, centros culturais, fundações, clubes de bairro e casas de repouso, informou a prefeitura de Buenos Aires.

Desde o último fim de semana, o histórico Pasaje de los Carrdamientos, que leva à bilheteria do emblemático Teatro Colón, funciona como local de testes para detecção da Covid-19. Em sua entrada de paralelepípedos, as filas de espectadores são agora pacientes com sintomas compatíveis com a doença, esperando para serem examinados pelo pessoal da saúde.

Apesar de o Colón estar fechado para espetáculos, a diretora do teatro, María Alcaraz, convocou trabalhadores e artistas da casa para colaborar com a campanha de saúde.

“Para o Teatro Colón esta é talvez a ópera ou obra mais emblemática e mais importante de toda sua vida: emprestar sua infraestrutura a uma causa que tem a ver com a saúde”, relatou à imprensa.

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Vacinação

Desde 29 de dezembro, uma campanha nacional de imunização voluntária tem como objetivo vacinar primeiro os profissionais de saúde e depois aqueles com mais de 70 anos de idade. A única vacina que a Argentina tem no momento é a Sputnik V, do laboratório russo Gamaleya, que acaba de ser validada com êxito científico quando se comprovou que tem uma eficácia superior a 91%.

A Argentina, primeiro país da América Latina a aplicá-la, já recebeu 820 mil doses de um contrato de mais de 19 milhões que prevê até o final de fevereiro. Em discurso na última segunda-feira, o chefe de gabinete Santiago Cafiero afirmou que o país já aplicou 370.000 doses.

Agora, além das doses prometidas, o país busca um acordo para produzir a Sputnik V em seu território. O embaixador argentino na Rússia, Eduardo Zuain, explicou que sua missão diplomática terá “o objetivo principal de garantir o fornecimento da vacina”.

Além do contrato com o Gamaleya, a Argentina tem acordos de prestação de serviços com a Universidade de Oxford, associada à farmacêutica AstraZeneca, e com o mecanismo Covax da Organização Mundial da Saúde (OMS). 

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O governo argentino afirmou que “tem garantidas mais de 51 milhões de doses”.

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