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Argentina e Uruguai revivem conflito das ‘papeleras’

Buenos Aires ameaça levar caso novamente para corte internacional caso autorização para aumento de produção em unidade não seja revertida

Por Da Redação
16 out 2013, 16h30

A decisão do Uruguai de autorizar o aumento de produção de uma fábrica de celulose na fronteira com a Argentina desencadeou uma nova queda de braço entre os dois países, revivendo um conflito que se arrasta desde o início dos anos 2000, quando surgiram os projetos de construção de papeleiras no Uruguai. Na mais recente desavença, o argumento do governo argentino continua sendo acusar a companhia finlandesa UPM (ex Botnia) de contaminar o Rio Uruguai. E o país ameaça recorrer novamente à Corte Internacional de Haia se o país vizinho não recuar da decisão de permitir o aumento da produção.

Entenda o caso

  1. • O governo uruguaio autorizou em 2005 a construção da fábrica da Botnia em Fray Bentos, cidade no oeste do país, às margens do rio Uruguai.
  2. • Em 2006, o governo argentino levou o caso para Corte Internacional de Justiça, em Haia, argumentando que o Uruguai havia descumprido o Tratado do Rio Uruguai ao autorizar a instalação da fábrica sem consultar o país vizinho.
  3. • Em protesto contra a fábrica, manifestantes da cidade argentina de Gualeguaychú, que fica na outra margem, bloqueiam a ponte binacional General San Martín em novembro de 2006. A ponte só foi reaberta em junho de 2010.
  4. • No mesmo ano, o tribunal internacional afirmou que o Uruguai violou pontos do tratado, mas permitiu que a fábrica continuasse em funcionamento, por não ter encontrado provas de contaminação. Também recomendou a criação de mecanismos de controle.

Um ultimato apresentado pela Argentina nesta terça-feira foi rechaçado por Montevidéu, que nega a contaminação. O governo argentino exigia que a permissão para a UPM produzir mais 100 000 toneladas por ano deixasse imediatamente de ter efeito, mas Montevidéu respondeu dizendo ter seguido suas obrigações internacionais e ressaltou que a Argentina foi notificada sobre o aumento de produção “nos prazos previstos”. A papeleira produz anualmente 1,1 milhão de toneladas de pasta de celulose.

Na última semana, o ministro das relações exteriores da Argentina, Héctor Timerman, já havia classificado o aumento de produção de “ataque à soberania argentina”. Em reposta, o presidente uruguaio José Mujica disse que “ultimatos só podem ser dados por Deus”.

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Em 2010, uma decisão do tribunal já havia recusado os pedidos para o desmonte da indústria afirmando que os argentinos não comprovaram que a fábrica era poluidora. A corte, no entanto, também passou uma reprimenda no Uruguai porque o país não teria conduzido negociações com o vizinho.

Aumento – Depois do anúncio do aumento da produção, uma caravana com 4.000 pessoas e 900 carros que havia saído da cidade argentina de Gualeguaychú para protestar contra a decisão foi proibida de entrar no Uruguai. Os manifestantes e o prefeito Juan José Bahillo pretendiam entregar às autoridades da cidade Uruguai de Fray Bentos, onde a fábrica foi construída, uma carta contra a medida.

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