Argentina desdenha de ameaças de represálias por YPF
'Governo pensa nos argentinos, não nos americanos ou espanhóis', disse em entrevista coletiva Florencio Randazzo, ministro do Interior de Cristina
O governo da Argentina tenta minimizar as advertências da comunidade internacional sobre a expropriação da pertolífera YPF.
Mesmo após as diversas repreensões e ameaças de represálias por parte de Espanha, Estados Unidos e União Europeia, o país latino insiste em manter uma posição inflexível sobre a decisão da presidente Cristina Kirchner.
O ministro do Interior argentino Florencio Randazzo reforçou a postura arrogante do governo Cristina em entrevista coletiva concedida depois de uma reunião do ministro espanhol de Relações Exteriores, José Manuel García-Margallo, e a secretária de Estado americana Hillary Clinton, nesta quinta-feira em Bruxelas.
“O governo toma suas deciões pensando nos argentinos, não no que pensam os Estados Unidos ou a Espanha”, disse. Randazo afirmou ainda que o governo “não se preocupa com nenhum tipo de represálias contra o país”. A expropriação, dia ele, é uma medida “de acordo com a lei e às pautas que estabelece a Constituição Nacional”.
O ministro encerrou a fala de forma categórica: “A decisão de levar adiante o projeto que declara de interesse público a exploração de hidrocarboneto e a expropriação de 51% da YPF está vinculado a um tema estratégico para a Argentina”.