A aprovação do presidente peruano Ollanta Humala caiu neste mês após as investigações abertas por supostos vínculos com um escândalo de corrupção no Brasil, segundo uma pesquisa divulgada neste domingo em Lima.
A aprovação de Humala caiu para 17%, dois pontos a menos que em julho, e 42% de entrevistados pela empresa Ipsos disseram acreditar que seu governo se envolveu nos atos de corrupção denunciados no Brasil.
A Justiça brasileira investiga supostos subornos e propinas pagos por empresas a políticos e ex-funcionários de governo para ganhar licitações públicas.
No marco desse caso, a Procuradoria do Peru participa das investigações iniciadas no Brasil para verificar as suspeitas sobre o suposto pagamento de propinas na construção da estrada Interoceânica durante os governos de Alejandro Toledo (2001-2006) e Alan García (2006-2011).
A pesquisa também mediu a aprovação dos dois ex-presidentes. A de Toledo caiu para 18%, com relação aos 27% de julho, e 55% consideram que houve pagamento de subornos de empresas brasileiras durante sua gestão.
A aprovação de García caiu para 21%, com relação aos 25% de julho, e 65% afirmam que ele também se envolveu em corrupção no caso.
“As suspeitas se somam às acusações de corrupção que afetam estes e outros líderes políticos com o resultado de um descrédito generalizado tanto do governo atual como de seus opositores”, declarou o diretor da Ipsos, Alfredo Torres, ao jornal “El Comercio”.
A pesquisa ratificou que a filha do ex-presidente preso Alberto Fujimori, Keiko Fujimori, é a mais bem posicionada entre os oposicionistas. Mas sua aprovação também caiu, para 37%, face a 44% de aprovação em julho.
A pesquisa, de abrangência nacional, foi realizada entre 12 e 14 de agosto. Tem margem de erro de 2,8% e um nível de confiança de 95%.
(Com agência EFE)