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Após suspender as negociações, mediador da ONU volta a se reunir com governo e oposição da Síria

Objetivo é avançar em direção a um acordo de paz, mas o clima entre delegações permanece tenso

Por Da Redação
28 jan 2014, 07h30

O mediador das Nações Unidas (ONU) Lakhdar Brahimi pretende voltar a abordar nesta terça-feira a questão crucial da transição política na Síria, principal ponto de discórdia entre as delegações do governo e da oposição reunidas em Genebra. Nesta segunda-feira as discussões sobre a guerra civil na Síria fracassaram e o encontro entre as duas partes foi interrompido.

A oposição considera que o acordo de Genebra I significa que um governo de transição só teria legitimidade se o ditador Bashar Assad deixar o poder. Enquanto o regime atual considera que o acordo abre a porta para um governo de união nacional ampliado com membros da oposição e que a eventual saída do presidente deve ser decidida pelos sírios em um processo eleitoral.

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Reunidos pelo terceiro dia consecutivo na sede da ONU em Genebra, as delegações deveriam abordar nesta segunda-feira a declaração de Genebra I, depois de um fim de semana dedicado a questões humanitárias como a situação em Homs e o problema dos milhares de prisioneiros e desaparecidos durante o conflito. As negociações humanitárias, especialmente para libertar os civis sitiados na cidade de Homs, “não deram resultado” até agora, disse Brahimi. “A delegação governamental disse na segunda-feira que havia um acordo para a saída de crianças e mulheres, mas eles continuam discutindo como isso deve ser feito’, declarou. Ele reconheceu que a saída de civis de Homs, assim como a tentativa de permitir a libertação de prisioneiros e pessoas sequestradas, ainda não foram concretizadas.

Negociações suspensas – O clima tenso entre oposição e regime sírio que marca as negociações em Genebra voltou a obstruir as reuniões. Na sessão da manhã desta segunda-feira, as negociações foram suspensas por Brahimi diante da recusa das delegações em avançar. A oposição reagiu violentamente quando o regime apresentou um “plano de trabalho” em cinco pontos, incluindo um pedido aos países que financiam grupos “terroristas” (como o regime chama os rebeldes) a suspender o apoio, em referência a Arábia Saudita, Catar e Turquia, principais pontos de apoio à rebelião. (Continue lendo o texto).

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“As discussões não foram construtivas por causa da atitude do regime de querer desviar as negociações que deveriam focar na aplicação de Genebra I”, indicou Rima Fleyhan, membro da delegação da oposição. “A delegação do regime quis mudar de assunto falando de terrorismo”, informou. “Nós iremos manter o nosso posicionamento. Estamos aqui para aplicar Genebra I e planejar a formação de um governo de transição com plenos poderes”, acrescentou Fleyhane.

O mediador da ONU demostrou descontentamento pelas continuas declarações à imprensa dos representantes tanto da delegação do governo sírio, como da Coalizão Nacional Síria (CNFROS). “Acho que é demais. Disse a eles que é necessário serem responsáveis e respeitarem a confidencialidade das discussões, e que se não o fizerem, que não exagerem”, comentou Brahimi. Desde que começaram as discussões, delegados dos dois lados convocam várias vezes por dia a imprensa internacional que acompanha o processo para repetir, em geral, suas críticas furiosas contra a parte contrária.

(Com agências EFE e France-Presse)

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