O prefeito de Roma, Ignazio Marino, foi deposto do cargo na noite desta sexta-feira e acusou o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, de apunhalá-lo pelas costas, em novo capítulo da novela política que capturou a atenção do país. O governo de Marino, que durou dois anos e meio, chegou a um estrondoso fim com a renúncia de 26 conselheiros municipais.
Marino foi atingido por um escândalo de gastos e entregou sua renúncia pela primeira vez há três semanas, pressionado por Renzi, o que causou tensões no Partido Democrático (PD), legenda de ambos. Ele nega qualquer irregularidade.
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Na quinta-feira, ele exerceu seu direito previsto em lei de desistir da renúncia em 20 dias e prometeu defender seu histórico. Mas a decisão gerou consequências negativas para ele, com a renúncia em massa, incluindo de 19 conselheiros do PD.
Em declarações dadas na prefeitura, somente a alguns quarteirões do local onde o imperador romano Júlio César teria sido apunhalado por conspiradores, foi dramático: “Aqueles que me apunhalaram têm 26 nomes e eles têm um instigador”, disse ele se referindo aos conselheiros e a Renzi, que também nesta sexta reclamou que Marino perdeu contato com o povo.
O agora ex-prefeito, por sua vez, disse durante uma barulhenta entrevista coletiva que os conselheiros mostraram “total falta de respeito com os cidadãos” que o elegeram.
(Com Reuters)