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Após protestos, Medvedev abre investigação sobre fraude eleitoral na Rússia

Por Da Redação
11 dez 2011, 12h54

Após a onda de protestos em diversas cidades da Rússia, o presidente Dmitri Medvedev disse neste domingo que abriu investigações de “todas as comunicações procedentes dos colégios eleitorais relativas ao cumprimento das leis eleitorais”. Medvedev, porém, expressou seu desacordo com os manifestantes, que saíram às ruas de para denunciar fraudes nas eleições parlamentares ocorridas há uma semana.

“Não estou de acordo nem com as palavras de ordem nem com as declarações que soaram nos comícios”, escreveu o líder russo em seu perfil na rede social Facebook.

Apesar de discordar das mensagens dos protestos, o presidente se mostrou satisfeito com o caráter pacífico das manifestações. “Segundo a Constituição, os cidadãos da Rússia têm direito à liberdade de expressão e reunião. As pessoas têm direito a expressar sua opinião, o que fizeram ontem. Considero positivo que tudo tenha transcorrido no marco da lei.”

Protestos – No sábado, dezenas de milhares de russos saíram às ruas em todo o país sob o lema “Por eleições limpas” para contestar os resultados das eleições parlamentares. Mais de 130 manifestantes foram detidos durante os protestos, segundo dados do Ministério do Interior. Os manifestantes exigiam a realização de novos pleitos parlamentares, a libertação de presos políticos e a investigação de todas as irregularidades eleitorais. Neste domingo, centenas voltaram às ruas para protestar.

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Os manifestantes deram um prazo de duas semanas para as autoridades tomarem alguma posição e prometeram protestos ainda maiores para o dia 24, se nada for feito.

O jornal russo The Moscow Times afirmou que a manifestação de sábado foi a maior deste tipo na capital russa nos últimos dez anos. Segundo o diário, a única mobilização popular recente comparável em tamanho ocorreu em 2001, quando cerca de 20 mil protestaram contra a compra da estação de televisão privada NTV pelo Estado. Apesar do frio, com neve em alguns momentos, os manifestantes estiveram por cerca de quatro horas nas ruas levando cartazes com mensagens como “Rússia livre de Putin”.

O partido governista Rússia Unida, do primeiro-ministro Vladimir Putin e do presidente Dmitri Medvedev, conseguiu manter a maioria absoluta na Duma (Câmara dos Deputados) com 238 deputados, 12 a mais que o necessário, segundo os resultados oficiais definitivos anunciados na sexta-feira pela Comissão Eleitoral Central (CEC).

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“Nos próximos meses, haverá eleições parlamentares (4 de dezembro) e presidenciais (março do ano que vem). Não há cartazes nem faixas com propaganda de candidatos em parte alguma da capital. Por que haveria, se mais da metade dos eleitores, segundo as pesquisas, acham que os resultados já estão definidos pelo governo? No pleito do mês que vem, 60% das cadeiras devem ficar com o Rússia Unida, partido controlado pelo primeiro-ministro Vladimir Putin. O restante vai para partidos aliados ou para pseudolegendas de oposição, cujo papel é dar um verniz democrático aos debates legislativos. Na eleição para presidente, todos assumem como óbvio que Putin será o escolhido, e essa certeza é a maior fonte de indignação da classe média esclarecida. Se ficar até 2024, será um dos governantes russos mais longevos desde o fim da monarquia, em 1917, perdendo apenas para o líder soviético Josef Stalin, o ditador que ordenou a morte de dezenas de milhões de pessoas.”

Assista a imagens das manifestações na Rússia

(Com EFE)

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