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Após protestos, França apresenta medidas contra violência doméstica

Ao menos 137 mulheres morreram vítimas da violência no país neste ano; manifestantes foram às ruas para exigir reação das autoridades

Por Da Redação
Atualizado em 30 jul 2020, 19h34 - Publicado em 25 nov 2019, 19h39

O governo francês anunciou nesta segunda-feira, 25, uma série de medidas para combater a violência doméstica. A decisão é resposta a um fim de semana de protestos contra a falta de ação e a indiferença às vítimas, que levou 150.000 pessoas às ruas. Em 2019, pelo menos 137 mulheres foram mortas em incidentes de violência doméstica, e manifestantes foram às ruas no fim de semana para exigir uma reação das autoridades. Além disso, o Observatório Nacional de Violência contra a Mulher da França estimou que pelo menos 220.000 mulheres adultas sofrem violência doméstica todos os anos.

Segundo o jornal The Guardian, a pressão dos dados e dos protestos fizeram com que o primeiro ministro, Édouard Philippe, prometesse um reforço da equipe da linha direta de abuso doméstico francesa. Há três meses, o número de emergência recebia uma média de 150 ligações por dia, que agora aumentou para 600.

Outras medidas anunciadas pelo governo incluem o confisco de armas de fogo de pessoas denunciadas à polícia como violentas, novas diretrizes para policiais avaliarem o perigo e o recrutamento em delegacias de pessoal extra especializado em questões domésticas. Philippe também anunciou o fim da confidencialidade entre médico e paciente, para que profissionais da saúde possam denunciar suspeitas de abuso.

Além disso, de um fundo de 1 bilhão de euros destinado à igualdade de gênero, 360 milhões de euros serão destinados ao combate da violência doméstica. Parte dos recursos será usada para construir abrigos aos autores de violência doméstica, reporta o Guardian. “Cabe ao autor da violência doméstica deixar [o lar], não a vítima”, disse o primeiro-ministro.

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Organizações feministas não se convenceram com as medidas, já que o governo não se comprometeu a investir mais dinheiro na causa. A ativista feminista Caroline de Haas tuitou: “O primeiro-ministro anuncia que renova para 2020 quase o mesmo orçamento destinado à violência em 2019. Eles não mudam as políticas públicas. Os números da violência não cairão. Estou com nojo”.

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