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Após pressão de Putin, Google e Apple removem aplicativo de Navalny

Rússia acusou empresas de tecnologia de se intrometerem em seus assuntos internos.

Por Ernesto Neves Atualizado em 17 set 2021, 15h33 - Publicado em 17 set 2021, 15h04

O Google e a Apple retiraram de suas lojas nesta sexta-feira (17) um aplicativo ligado ao líder político Alexei Navalny.

O serviço pretendia ajudar a catapultar os votos de oposição ao presidente Vladmir Putin nas eleições parlamentares que começam nesta sexta e vão até o próximo domingo (19). 

O app desapareceu das duas plataformas logo nas primeiras horas do dia, assim que a votação teve início.

A mudança ocorreu após o Kremlin acusar as duas empresas de tecnologia de se intrometerem em assuntos internos da Rússia. 

Autoridades ameaçaram processar funcionários locais da Apple e do Google, numa escalada de pressão promovida pelo Kremlin para controlar a internet no país. Representantes do governo Putin chegaram a nomear publicamente quem seriam os processados. 

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O aplicativo havia sido criado por aliados de Navalny,  que está preso numa cadeia de segurança máxima. A ideia era utilizar o serviço para consolidar o voto da oposição nos 225 distritos eleitorais do país.

A equipe de Navalny reagiu com indignação à decisão, sugerindo que as empresas haviam feito uma concessão prejudicial aos russos.

“Remover o aplicativo de Navalny das lojas é um vergonhoso ato de censura política”, disse um assessor do líder político. “O governo autoritário e a máquina de propaganda da Rússia ficarão maravilhados”, prosseguiu. 

As decisões também atraíram duras condenações de ativistas da liberdade de expressão no Ocidente.

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“As empresas estão em uma posição realmente difícil, mas se colocaram lá”, disse David Kaye, ex-funcionário das ONU responsável por investigar questões de liberdade de expressão.

“Eles estão de fato se alinhando à repressão russa. É uma cumplicidade que as empresas precisam explicar”, completou. 

A queda de popularidade no partido de Putin, o Rússia Unida, ajuda a explicar a crescente repressão. Pesquisas eleitorais apontam que candidatos da legenda tem o apoio de 30% do eleitorado, bem menos que os 40% registrados no pleito anterior, em 2016.

A consolidação do voto da oposição poderia derrotar candidatos pró-Putin em distritos competitivos, o que colocaria em risco sua hegemonia. 

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