Após oxigênio, Venezuela oferece 107 médicos para ajudar Manaus
Apoio é prestado enquanto ONGs e oposição venezuelana denunciam escassez de suprimentos médicos e remédios nos hospitais públicos do país
Diante do colapso do sistema de saúde de Manaus após o aumento de casos de Covid-19, o governo da Venezuela enviou vários caminhões carregados com cilindros de oxigênio para a cidade neste sábado, 16. O ministro das Relações Exteriores do país, Jorge Arreaza, afirmou ainda que 107 médicos venezuelanos e brasileiros formados pela Escola Latino-Americana de Medicina de Caracas se ofereceram para ajudar.
No Twitter, o chanceler do governo de Nicolás Maduro disse que os profissionais compareceram ao consulado venezuelano em Boa Vista (Roraima) na sexta-feira para oferecer seu apoio. Os médicos enviaram uma carta ao governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), para concretizar sua oferta.
No documento, o grupo afirma que “107 médicos residentes no Brasil estão à inteira disposição para prestar o apoio que seja necessário para nessa luta contra o coronavírus e a favor da vida humana”.
Ayer se presentaron en nuestro Consulado en Boa Vista, Roraima,Brasil, 107 medic@s brasileñ@s y venezolan@s, graduados en la Escuela Latinoamericana de Medicina en Caracas, que en esta emergencia ofrecen sus servicios al Estado Amazonas. Se agruparon en la brigada "SIMÓN BOLÍVAR" pic.twitter.com/DNOIcqhShe
— Jorge Arreaza M (@jaarreaza) January 16, 2021
Arreaza ainda confirmou que os carregamentos de cilindros de oxigênio partiram neste sábado da Venezuela. Ele não especificou quantos caminhões seguiram para a capital amazonense e nem a quantidade de cilindros de oxigênio doados.
A ajuda da Venezuela ao Brasil ocorreu na última quinta-feira, quando o presidente Nicolás Maduro ordenou ao chanceler que se comunicasse com as autoridades de Manaus para disponibilizar o oxigênio necessário para enfrentar a emergência. O apoio é prestado enquanto várias ONGs e a oposição venezuelana denunciam a escassez de suprimentos médicos e remédios nos hospitais públicos da Venezuela, que vivem uma grave crise há mais de cinco anos.
(Com EFE)