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Após massacre no Colorado, Biden defende restrição de acesso a armas

Ao menos 10 pessoas, incluindo um policial, foram mortas na segunda-feira em um ataque a tiros em um supermercado na cidade de Boulder

Por Da Redação 23 mar 2021, 16h45

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pediu nesta terça-feira, 23, que o Congresso aprove “imediatamente” medidas para reforçar o controle de armas no país, inclusive a proibição do porte de rifles semiautomáticos e munições de alta capacidade, em resposta ao massacre na cidade de Boulder, no Colorado, que deixou dez mortos.

“Podemos salvar vidas” com o controle de armas, disse Biden em declaração na Casa Branca. O democrata afirmou que, embora ainda não saiba os detalhes exatos sobre as motivações do suspeito e o tipo de armas utilizadas, não quer “esperar mais nenhum minuto para dar passos que são se sentido comum e que salvarão vidas no futuro”.

Biden solicitou especificamente ao Senado que “imediatamente” aprove duas leis que já foram autorizadas pela Câmara que “fechariam as lacunas no sistema de verificação de antecedentes” para compradores de armas. Perguntado se ele mesmo apresentaria propostas legislativas para aumentar o controle das armas, o presidente disse que dará mais detalhes sobre o assunto em outro momento.

“Urjo que os meus colegas da Câmara dos Representantes e do Senado atuem. Podemos mais uma vez proibir as armas de assalto e os carregadores de munições de grande capacidade neste país”, enfatizou.

Ao menos 10 pessoas, incluindo um policial, foram mortas nesta segunda-feira 22 em um ataque a tiros em um supermercado na cidade de Boulder, no estado do Colorado. O atirador foi preso.  No dia 17, outro ataque a tiros em três casas de massagens em Atlanta, na Geórgia, deixou oito mortos.

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Até o incidente em Atlanta na semana passada, os EUA estavam há um ano sem um massacre de grandes proporções em áreas públicas, segundo o Violence Project, um projeto da Universidade Hamline que estuda violência. Em 2018, foram 10 massacres com ao menos quatro mortos. Em 2019, foram ao menos nove.

As bandeiras na Casa Branca estavam hasteadas a meio mastro na segunda-feira, 22, para homenagear as vítimas do tiroteio em Atlanta. Eles voltaram a ser hasteadas por completo por algumas horas na manhã desta terça-feira, antes de serem baixadas novamente para marcar os assassinatos de Boulder.

Os EUA aprovaram um veto federal às chamadas “armas de assalto” em 1994, em um projeto de lei aprovado pelo Congresso durante o governo de Bill Clinton. Na época um dos senadores democratas mais influentes, Biden foi um dos maiores defensores da medida. Apesar disso, ela expirou em 2004 e, desde então, nunca fui renovada. 

Ao longo de suas mais de quatro décadas em Washington, Biden defendeu em vários momentos um maior controle na venda e no porte de armas. Em 2012, como vice-presidente de Barack Obama, recebeu a missão de criar um pacote legislativo para o controle de armamentos. As medidas foram uma resposta ao massacre na escola primária Sandy Hook, em Newton, Massachusetts, que matou 28 pessoas, incluindo 20 crianças de idades entre 6 e 7 anos.

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O debate sobre o controle de armas é periodicamente reacendido nos EUA quando ocorrem tiroteios em massa, mas a Associação Nacional de Rifles (NRA, asigla em inglês) e poderosos aliados no Congresso impediram que medidas de controle de armas fossem aprovadas nos últimos anos.

Qualquer esforço para levar os Estados Unidos em direção a um maior controle de armas tem sido historicamente difícil, com democratas a favor e republicanos em grande parte contra.

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