Após fechamento da fronteira húngara, Croácia diz que não é capaz de receber onda de imigrantes
Por Da Redação
17 set 2015, 20h39
Autoridades da Croácia disseram nesta quinta-feira que o país não é capaz de suportar a onda de imigrantes que buscam uma nova rota para a Europa depois que a Hungria ergueu uma cerca na fronteira para mantê-los afastados. Cerca de 11.000 refugiados entraram no país em apenas dois dias, depois que policiais húngaros passaram a usar jatos de água para reprimir a entrada de imigrantes.
Mais tarde, o ministro do Interior croata, Ranko Ostojic, anunciou o fechamento de sete das oito passagens na fronteira com a Sérvia “até nova ordem”. Ostojic disse que a Croácia está “absolutamente cheia” e “não será capaz de receber mais pessoas”, ao mesmo tempo em que sugeriu que o país não permitiria simplesmente que os imigrantes se dirigissem para a Eslovênia, país que integra a zona Schengen de livre movimentação de pessoas da União Europeia.
Na cidade de Tovarnik, na fronteira leste da Croácia, tropas de choque croatas tiveram dificuldades para manter uma multidão de homens, mulheres e crianças afastadas das linhas férreas depois que longas filas se formaram sob o forte calor para esperar ônibus destinados a centros de acolhimento em outras partes da Croácia. Na região nordeste do país, centenas de refugiados cruzam a fronteira caminhando por uma ponte sobre o rio Danúbio, na cidade de Batina.
A UE convocou para a próxima semana uma reunião de cúpula de emergência para tentar superar o desentendimento sobre a crise de refugiados, após a Croácia, país mais recente a se tornar membro do bloco, ter dito que pode ser obrigada a usar o Exército para impedir que imigrantes ilegais cruzem os Bálcãs Ocidentais em busca de abrigo seguro na Europa. Eles chegam fugindo de zonas de conflito e da pobreza em países como Síria, Iraque, Afeganistão e Paquistão.
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