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Após abater drone israelense, Irã vai armar palestinos

Segundo um general iraniano, o avião não tripulado estava voando próximo da central de enriquecimento de urânio de Natanz, no centro do país

Por Da Redação
25 ago 2014, 10h43

Teerã vai acelerar o envio de armas à Cisjordânia, em resposta ao uso de um drone espião israelense no Irã, anunciou nesta segunda-feira um comandante da Guarda Revolucionária iraniana. O drone foi abatido neste domingo e a televisão iraniana exibiu imagens de destroços que pareciam corresponder a um avião não tripulado. “Vamos acelerar o fornecimento de armas à Cisjordânia e nos reservamos o direito de dar qualquer resposta ao envio de um avião não tripulado israelense, abatido quando se aproximava da central de enriquecimento de urânio de Natanz”, declarou o general Amir Ali Hajizadeh.

“Caso repitam este tipo de ato, daremos uma grande resposta”, advertiu o general Hajizadeh, comandante das forças aéreas da Guarda Revolucionária, o exército de elite do regime islâmico iraniano. “O drone abatido é do tipo Hermes e foi fabricado pelo regime sionista”, declarou o general. “É um drone furtivo, capaz de escapar dos radares”, afirmou. O militar destacou que várias peças intactas do aparelho foram recuperadas e estavam sendo analisadas. Hajizadeh acrescentou que “o drone decolou de um terceiro país”, sem informar qual. “O avião não tripulado foi localizado pelo sistema de vigilância do Exército e depois abatido por míssil terra-ar da Guarda Revolucionária”, completou o comandante.

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A unidade de Natanz, localizada no centro do país, é a principal planta de enriquecimento de urânio do Irã, onde estão instaladas mais de 16.000 centrífugas. Outras 3.000 estão na central de Fordoo, escondidas entre as montanhas e mais difíceis de destruir. Israel já ameaçou várias vezes atacar as instalações nucleares iranianas. O Irã, que não reconhece a existência do Estado de Israel, comunicou nas últimas semanas que forneceu aos combatentes palestinos do Hamas e da Jihad Islâmica a tecnologia necessária para a fabricação de mísseis destinados a bombardear cidades israelenses a partir de Gaza.

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Faixa de Gaza – Uma nova rodada de ataques aéreos e disparos de tanques israelenses contra a Faixa de Gaza foi realizada nesta segunda-feira. Autoridades do território costeiro disseram que pelo menos dois civis palestinos morreram em decorrência das ações. Os confrontos já mataram mais de 2.100 palestinos – a maioria civis – desde o início da guerra, em 8 de julho. Do lado israelense, 68 pessoas morreram, quatro civis e 64 militares.

O Exército de Israel disse ter realizado dezesseis ataques aéreos contra Gaza na manhã desta segunda-feira. Dentre os alvos estavam duas mesquitas, uma das quais seria usada estocar armas e a outra como ponto de encontro de militantes, segundo militares israelenses. De acordo com o Exército, militantes palestinos dispararam dez foguetes contra Israel nesta segunda-feira, mas todos caíram em campos abertos, sem deixar vítimas.

No domingo, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu disse que a campanha militar de Israel em Gaza vai se estender até setembro. Desde o início dos confrontos, Israel lançou cerca de 5.000 ataques aéreos contra Gaza, enquanto os militantes do território costeiro dispararam cerca de 4.000 foguetes e morteiros, segundo dados militares israelenses. Várias rodadas de conversações no Cairo entre delegações israelenses e palestinas, que incluíram o Hamas, não deram resultados de longo prazo, embora algumas tréguas tenham sido estabelecidas.

Embora a população israelense tenha demonstrado amplo apoio à campanha para interromper os disparos de foguetes de Gaza, o governo tem sido alvo de críticas por sua incapacidade de alcançar seu objetivo. A irritação popular tem aumentado principalmente após a morte de um menino de quatro anos, vítima de um morteiro palestino na sexta-feira.

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(Com agências France-Presse e Reuters)

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