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Apoio ao Hamas aumenta após guerra em Gaza

Se eleição para a Presidência da Autoridade Nacional Palestina fosse hoje, um político do Hamas seria eleito, aponta pesquisa realizada entre palestinos

Por Da Redação
2 set 2014, 14h06

A popularidade do Hamas entre palestinos na Cisjordânia e na Faixa de Gaza cresceu significativamente durante os 50 dias de guerra com Israel, de acordo com uma pesquisa de opinião publicada nessa terça-feira. A sondagem elaborada pelo Centro Palestino de Pesquisa Política e Opinião indicou que 61% dos palestinos escolheriam o líder do grupo militante islâmico, Ismael Haniyeh, para presidente se as eleições presidenciais fossem hoje. Apenas 32% votariam no atual presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP) Mahmoud Abbas, rival do Hamas. É a primeira vez em oito anos que uma maioria palestina apoia um líder do Hamas.

O apoio a Haniyeh começou a subir em junho. Em pesquisa publicada pelo mesmo instituto, 41% dos palestinos preferiam o líder do Hamas na época, enquanto 53% apoiavam Abbas. De acordo com a enquete publicada hoje, 79% dos palestinos acreditam que Hamas ganhou a guerra e 86% apoiam novos ataques de foguetes se o bloqueio a Gaza não for levantado, como o Hamas exigiu. Já 25% dizem que grupos armados na Faixa de Gaza deveriam desistir de suas armas depois que o bloqueio acabar e as eleições forem realizadas.

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Novos assentamentos – Também nesta terça-feira, o ministro das Finanças de Israel, Yar Lapid, criticou a expropriação de terras na Cisjordânia, anunciada nesta semana. Ele pediu uma abordagem mais razoável da parte da diplomacia israelense, após a operação militar israelense em Gaza. A expropriação de cerca de 1.000 acres poderia ajudar a abrir caminho para a construção de um novo assentamento judaico.

Lapid afirmou que a decisão cria “discussões redundantes com os Estados Unidos e com o resto do mundo” e criticou o momento em que foi feito o anúncio, logo após a guerra em Gaza. A ministra da Justiça israelense, Tzipi Livni, também criticou nesta semana a medida adotada por Israel. Israel atraiu críticas palestinas e internacionais no domingo ao anunciar uma grande apropriação de terras na Cisjordânia, já ocupada, a maior do gênero em 30 anos.

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Negociações estagnadas – Uma semana depois de as armas silenciarem em Gaza, Israel e os palestinos aparentam ter pouco apetite ou incentivo para retomar as conversas sobre paz e concessões territoriais patrocinadas pelos EUA, que fracassaram cinco meses atrás. Com os conflitos em andamento na Ucrânia, no Iraque e na Síria – e o futuro da Faixa de Gaza deixado em aberto pelo acordo de cessar-fogo de contornos difusos mediado pelo Egito – as potências mundiais tampouco estão empenhadas na solução do impasse entre israelenses e palestinos.

As próprias partes envolvidas, a conflituosa coalizão de governo do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e a ANP estão em rota de colisão por conta da ameaça de medidas unilaterais dos palestinos em busca de um Estado e da exploração de um processo de crimes de guerra contra Israel na ausência de conversas diretas. Fontes do governo israelense disseram que, com a situação em Gaza ainda indefinida, não há nada previsto para o futuro imediato no que diz respeito a um acordo de paz com Abbas.

Nos termos da trégua acordada pelos egípcios, Israel e os palestinos concordaram em abordar temas complexos, como a exigência do Hamas de um porto marítimo em Gaza e a libertação de prisioneiros palestinos por meio de tratativas indiretas, começando daqui a um mês. Como o início das negociações ainda está no ar, Netanyahu quer ver se Abbas assume a responsabilidade da administração das fronteiras de Gaza no lugar do Hamas e se haverá a adoção de medidas para impedir o grupo militante de contrabandear armas para o território palestino.

(Com Estadão Conteúdo e agência France-Presse)

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