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Apesar de esforços da ONU, novos massacres aumentam violência na Síria

Por Da Redação
12 mar 2012, 19h49

Cairo, 12 mar (EFE).- O massacre de dezenas de mulheres e crianças em Homs e o anúncio de que grupos rebeldes assassinaram 250 membros das forças de segurança do regime de Bashar Al Assad evidenciaram que os esforços dos mediadores da ONU e da Liga Árabe não conseguiram deter a onda de violência na Síria.

Enquanto os principais diplomatas do mundo discutiam a situação da Síria no Conselho de Segurança da ONU, as autoridades do país árabe e os rebeldes trocavam acusações sobre a autoria do massacre de Homs. A oposição chegou a pedir uma intervenção militar internacional urgente.

O massacre na cidade, um dos principais redutos dos rebeldes, foi perpetrado no domingo à noite, horas depois da reunião realizada em Damasco entre o enviado da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Kofi Annan, com o presidente sírio, Bashar al Assad.

Os ativistas culparam as forças do regime pelo massacre, enquanto as autoridades sírias responsabilizaram ‘grupos terroristas’, que acusam de estarem por trás da violência no país desde o início da revolta, em março do ano passado.

Os Comitês de Coordenação Local (CCL) informaram que um total de 45 corpos foram achados no bairro de Karam el Zaitun e a Comissão Geral para a Revolução denunciou que algumas das vítimas foram queimadas vivas e outras foram degoladas e esquartejadas.

Com o massacre, o número de civis mortos nas últimas 24 horas no país chegou a 150. Só nesta segunda-feira, segundo os CCL, quarenta e quatro pessoas morreram na Síria, a maioria em Homs e Idlib, alvo de uma ofensiva militar há dois dias.

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Por sua parte, as autoridades sírias, por meio da agência oficial de notícias ‘Sana’, asseguraram que ‘grupos terroristas’ sequestraram famílias em alguns bairros de Homs e assassinaram seus membros. Em seguida, os rebeldes teriam divulgado imagens dos corpos para conseguir apoio da comunidade internacional.

‘Nos acostumamos ao aumento da violência por parte dos grupos terroristas armados antes das sessões do Conselho de Segurança, que fazem isso com a intenção de pedir uma intervenção internacional na Síria’, afirmou uma fonte oficial.

O Conselho Nacional Sírio (CNS), principal órgão da oposição, pediu uma ‘urgente intervenção militar’ na Síria e o estabelecimento de uma zona de exclusão aérea para frear o massacre de civis.

Em entrevista coletiva em Istambul, o dirigente do CNS, George Sabra, pediu também que a comunidade internacional forneça armamentos para o Exército Livre Sírio (ELS).

Formado principalmente por soldados desertores, o ELS assegurou hoje que matou 250 membros das forças leais ao regime de Assad na localidade de Rankus, na periferia de Damasco, apesar do governo não ter feito qualquer menção a este suposto incidente.

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O ‘número dois’ do ELS, o coronel Malek al Kurdi, explicou à Agência Efe que entre as vítimas há agentes dos serviços secretos sírios, da polícia e membros dos ‘shabiha’ (milicianos leais ao regime).

Kurdi disse que o confronto foi uma ‘batalha rápida’ e explicou que apenas 70 soldados do ELS participaram do ataque, realizado contra um comboio de veículos que transportavam tropas governamentais.

As reivindicações do CNS e os ataques rebeldes coincidiram com uma reunião no Conselho de Segurança da ONU, na qual os participantes condenaram a violência mas insistiram na resolução do conflito por vias diplomáticas.

Na reunião, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu a Assad o fim da violência, a permissão da entrada de grupos humanitários no país e o início do diálogo com a oposição, de acordo com as propostas apresentadas por Kofi Annan durante sua visita ao país.

Já o presidente da comissão da ONU que investiga as violações de direitos humanos na Síria, o brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, disse em Genebra que a situação no país é cada vez mais desoladora e pediu que o ciclo de violência seja interrompida com urgência para evitar que o confronto chegue a uma guerra civil. EFE

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