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Ao lado de Putin, Bolsonaro defende soberania e ‘empenho pela paz’

Em gesto de aproximação com o russo, Bolsonaro declarou que 'compartilhamos de valores comuns, como a crença em Deus e a defesa da família'

Por Caio Saad Atualizado em 16 fev 2022, 11h59 - Publicado em 16 fev 2022, 11h34

Após uma reunião a portas fechadas de cerca de duas horas em Moscou, os presidentes Jair Bolsonaro e Vladimir Putin prometeram ampliar a cooperação e as relações bilaterais entre Brasil e Rússia. Após o encontro, em uma declaração conjunta, o líder brasileiro indicou apreço à posição do russo sobre soberania e países que ‘se empenham pela paz’.

Em um gesto de aproximação com o russo, Bolsonaro declarou que “compartilhamos de valores comuns, como a crença em Deus e a defesa da família”. Além disso, afirmou que “somos solidários a todos aqueles países que querem e se empenham pela paz”.

+ ‘Somos solidários à Rússia’, diz Bolsonaro em encontro com Putin

“Quando alguns países questionaram a Amazônia como patrimônio da humanidade, eu quero agradecer a sua intervenção que sempre esteve ao nosso lado em defesa da soberania”, disse Bolsonaro, lembrando que os dois países tem as duas maiores coberturas florestais do mundo, e prometendo maior cooperação em questões ambientais.

As falas se dão em meio às tensões envolvendo uma possível invasão de Moscou à Ucrânia. O tema, no entanto, não foi citado por Bolsonaro.

No âmbito comercial, Bolsonaro enfatizou que o Brasil tem objetivo de ampliar negociações com a Rússia, citando o interesse em fertilizantes, importantes para o agronegócio brasileiro. No ano passado, o comércio bilateral registrou um crescimento de 87%.

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O tema já era visto como um dos principais a serem tratados na viagem, na qual é esperada que o governo brasileiro negocie que a Rússia siga exportando insumos para a produção de fertilizantes e confirme a compra pelo grupo russo Acron da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN3) da Petrobras, que fica em Três Lagoas, Mato Grosso do Sul.

A questão foi ressaltada por Putin, que afirmou que “ao trocar opiniões sobre a agenda global e regional, constatamos que, sobre muitos assuntos, posições dos nossos países são próximas ou coincidentes”.

“Mantemos diálogo ativo entre os nossos ministérios das Relações Exteriores e Defesa. A propósito, hoje de manhã, em Moscou, os chefes dessa pastas pela primeira vez realizaram uma reunião conjunta no formato 2 + 2”, disse. “Os nossos países defendem a formação de um mundo multipolar, com base no direito internacional e papel central coordenador da ONU. Temos firme compromisso com os princípios de multilateralismo, resolução de conflitos por meios diplomáticos e políticos”.

+ A mensagem dos EUA para Bolsonaro antes da viagem

Mais tarde nesta terça-feira, haverá o Encontro Empresarial Brasil-Rússia, liderado na parte brasileira por Marcos Molina, e do lado russo, Andrey Yuriev. No ano passado, o comércio bilateral registrou um crescimento de 87%. 

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“O Brasil depende de grande parte de fertilizantes da Rússia até a Bielorrússia. Levaremos um grupo de ministros também para tratarmos de outros assuntos que interessam aos nossos países como energia, defesa e agricultura”, disse Bolsonaro antes da viagem. 

As falas depois da reunião, em boa parte extremamente protocolares, foram marcadas também por condolências à tragédia em Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro. Bombeiros ainda procuram desaparecidos e ao menos 44 pessoas morreram após fortes chuvas e deslizamentos na terça-feira.

Antes do encontro fechado, em trecho televisionado, os dois presidentes já haviam destacado as relações entre os países, dizendo que a viagem da comitiva brasileira a Moscou é um “retrato para o mundo de que podemos crescer muito nas nossas relações”.

“Somos solidários à Rússia. Há muito a colaborar em várias áreas: Defesa, petróleo e gás, agricultura”, destacou Bolsonaro.

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