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Annan espera solução nesta terça; refugiados são 200.000

Emissário da ONU diz que espera resposta do ditador Assad à proposta de paz

Por Da Redação
13 mar 2012, 08h37

O enviado especial das Nações Unidas para a Síria, Kofi Annan, disse nesta terça-feira que espera para ainda hoje uma resposta do ditador Bashar Assad para a crise no país. Em visita a Ancara, capital da Turquia, Annan afirmou que aguarda a decisão de Damasco sobre as propostas de mediação de paz apresentadas por ele em vista à Síria na semana passada. Horas antes, a ONU divulgou um comunicado informando que o número de refugiados internos na Síria já chega a 200.000 devido à crise político-social que atinge o país

Ex-secretário-geral da ONU, Annan aproveitou para elogiar a reunião com os representantes da oposição síria concentrada no exílio na Turquia, liderada por Burhan Ghalioun, presidente do Conselho Nacional Sírio (CNS, órgão político dos rebeldes). Annan expressou suas ideias e visão a Ghalioun e disse que a oposição tinha lhe prometido sua plena cooperação, que considerou necessária para ter êxito. “O importante agora é acabar com a violência na Síria. Quando tivermos a resposta de Assad, saberemos como reagir”.

“O povo sírio tem certas reivindicações e merece que sejam cumpridas. Quando comecei esta missão, ressaltei que seu princípio básico é o bem-estar do povo sírio”, reiterou. “Com boa vontade e decisão, espero que possamos progredir”. Os representantes do Conselho Nacional Sírio confirmaram que sua prioridade é encontrar uma solução diplomática junto a Annan, embora, reconheceram, haja países que oferecem armas à oposição. O CNS fez nesta segunda-feira um apelo inequívoco a favor de uma intervenção militar na Síria e a favor de armar o Exército Livre Sírio, guerrilha composta por desertores sírios, que trabalha de forma coordenada com o Conselho.

Refugiados – O novo coordenador da ONU para os refugiados sírios, Panos Moumtzis, disse que o número de refugiados internos pode ser inclusive mais elevado. Ele afirmou que não podia oferecer detalhes das províncias mais afetadas pelos deslocamentos forçados, já que se trata de um número fornecido pelo Crescente Vermelho da Síria. Moumtzis indicou ainda que 30.000 sírios buscaram refúgio em países vizinhos. A maioria se dirigiu à Turquia, onde cerca de 13.000 sírios permanecem há quase um ano em sete acampamentos, enquanto o Líbano acolhe mais de 10.000 refugiados e a Jordânia, outros 7.000. A Turquia chegou a receber 23.000 sírios, mas se estima que cerca de 10.000 retornaram a seu país.

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Nomeado coordenador para a Síria pelo Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (Acnur), Moumtzis reconheceu que não é a comunidade internacional que está registrando a maioria de refugiados sírios, mas os países de amparo e, mais especificamente, as comunidades que os acolhem. Segundo ele, a Turquia está “proporcionando a maior parte de ajuda” a esses refugiados, inclusive atendimento médico gratuito, enquanto, no caso do Líbano, o tratamento médico é financiado pelo Acnur, com exceção dos casos mais graves, que são transferidos a hospitais, onde todas as despesas são cobertas pelo governo.

(Com agências EFE e France-Presse)

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