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Annan condena novo massacre na Síria, que deverá enfrentar as consequências

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7 jun 2012, 18h35

O enviado da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Kofi Annan, expressou “horror e condenação” por um novo massacre nesse país e pediu “um novo nível” de ação internacional para colocar fim à violência, que deixou 13.000 mortos em 15 meses de conflito.

Annan e o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, condenaram na Assembleia Geral a matança de dezenas de pessoas, incluindo mulheres e crianças, na cidade síria de Al-Kubeir, e pediram diante de um corpo de 193 países-membros aumentar a pressão sobre o regime de Bashar al-Assad.

“O derramamento de sangue leva aos responsáveis”, disse Ban. “Em qualquer regime, o líder que tolera tais matanças de inocentes perde seu fundamento humanitário”.

O enviado internacional, que conseguiu o acordo de Assad para um plano de paz de seis pontos, admitiu estar entristecido diante da Assembleia. “Devo ser franco e confirmar que o plano não está sendo instrumentado”. O não cumprimento do fim das hostilidades, que teria de começar em 12 de abril, seria prova disso.

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O ex-chefe da ONU disse à Assembleia Geral que a crise na Síria se agrava e advertiu que caso não ocorra uma mudança radical “é provável que o futuro seja de repressão brutal, massacres, violência sectária e inclusive uma guerra civil aberta”.

“Os responsáveis por perpetrar esses crimes devem ser julgados. Não podemos permitir que as matanças sejam parte da realidade cotidiana da Síria”, disse Annan, chamando a uma ação internacional mais enérgica para viabilizar o plano de paz.

“Devemos conseguir a vontade e os acordos para agir e agir unidos”, disse. “As ações individuais ou as intervenções não resolverão a crise. Quando pedimos respeito à lei internacional e ao plano de seis pontos, devemos deixar claro que haverá consequências caso não haja cumprimento”.

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Por sua vez, Ban expressou sua preocupação com o crescente saldo de mortos, que os ativistas sírios situam em mais de 13.000, depois de mais de um ano de conflito.

“Em vista da deterioração da situação, seria bem-vinda uma discussão sobre medidas para atuar mais efetivamente”, disse o chefe da ONU.

Os observadores das Nações Unidas que tentavam chegar a Al-Kubeir, foram atacados com armas de fogo, disse Ban. Nenhum deles teria ficado ferido.

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O chefe da Liga Árabe, Nabil al-Arabi, pediu que o Conselho de Segurança imponha sanções ao regime de Assad.

Annan afirmou mais tarde diante do Conselho de Segurança que a crise nesse país em breve estará “fora de controle” caso a pressão internacional não produza resultados rapidamente, afirmaram diplomatas à AFP.

Annan reiterou seus chamados para que as principais potências façam advertências ao presidente Assad sobre “graves consequências” caso não cumpra o estipulado pelo plano de paz de seis pontos, disseram à AFP diplomatas que participam da reunião do Conselho a portas fechadas.

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“Quanto mais esperarmos, mais escuro parece ser o futuro da Síria”, disse o enviado internacional aos 15 membros do corpo, citado por outro diplomata.

O Conselho deve aplicar uma “pressão unificada” a Assad, completou Annan, destacando que a iniciativa de paz não pode ter “final em aberto”.

A Rússia, o aliado mais próximo da Síria, protegeu até agora Assad de uma ação por parte do Conselho de Segurança, pelo que os países ocidentais consideram chave o acordo do presidente Vladimir Putin para a aprovação de medidas efetivas contra o regime de Assad.

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Os Estados Unidos reiteraram sua disposição de apoiar medidas firmes na Síria. Por outro lado, Rússia e China vetaram duas iniciativas no Conselho que apenas ameaçavam com sanções.

Espera-se que os líderes mundiais celebrem uma reunião sobre a Síria paralelamente à cúpula do Grupo dos 20 em Los Cabos, México, em 18 e 19 de junho.

Observadores da ONU na Síria foram atacados com armas de fogo, nesta quinta-feira. O Secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, declarou que o presidente sírio, Bashar al-Assad, perdeu toda a legitimidade. Duração: 00:01:25

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