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‘Anjo loiro’ da ditadura argentina será julgado na quarta-feira

Ex-capitão da Marinha, de 59 anos, e outros 17 militares são acusados de assassinatos e torturas nos porões da Escola de Mecânica da Armada, a Esma

Por Da Redação
25 out 2011, 18h17

O ex-capitão da Marinha Alfredo Astiz, chamado ‘o anjo loiro da morte’, e outros 17 militares argentinos serão julgados na quarta-feira por quase uma centena de crimes cometidos durante a ditadura (1976-1983). Astiz, de 59 anos, chegou preso ao julgamento em que é acusado de cinco homicídios, 12 prisões ilegais e torturas realizadas na Escola de Mecânica da Armada (Esma).

A Esma, que hoje se transformou em um museu, foi um dos mais emblemáticos porões da ditadura argentina. Por lá passaram cerca de 5.000 prisioneiros, dos quais apenas cerca de cem sobreviveram.

A promotoria pediu prisão perpétua para o ex-capitão da Marinha, enquanto a defesa solicitou sua absolvição alegando “obediência devida”. “Isso não é um julgamento, é perseguição por motivos políticos. Este é um tribunal especial. Há terrorismo judicial. Que me julgue um tribunal militar e a verdade vai aparecer!”, afirmou Astiz em sua declaração final.

Da mesma forma desafiadora o réu apresentou-se ao tribunal no início do julgamento há quase dois anos, quando entrou na sala de audiência exibindo em suas mãos o livro “Voltar a matar”, do ex-secretário de Inteligência Juan ‘Tata’ Yoffre. O ex-capitão, que se infiltrou entre familiares de desaparecidos, é acusado do sequestro de 12 pessoas entre os dias 8 e 10 de dezembro de 1977, em uma operação repressiva conhecida como o “grupo de Santa Cruz”, em referência à igreja portenha de onde foram levados a maioria delas.

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Entre as vítimas torturadas na Esma e depois jogadas no mar, nos chamados “voos da morte”, estão a fundadora das Mães da Praça de Maio, Azucena Villaflor, e as monjas francesas Leónie Duquet e Alice Domon. Os restos de Duquet e Villaflor e de outras três mães de desaparecidos apareceram no fim de 1977 em uma praia ao sul de Buenos Aires. Elas foram enterradas como indigentes até que em 2005 puderam ser identificadas. Domon nunca foi encontrada.

(Com agência France-Presse)

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