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Angelina Jolie é alvo de críticas da Venezuela após visita a imigrantes

Atriz é representante do Acnur; para chavistas ação é estratégia da imprensa para esconder situação dos imigrantes centro-americanos que marcham para os EUA

Por Da redação
Atualizado em 23 out 2018, 13h01 - Publicado em 23 out 2018, 10h46

A atriz Angelina Jolie, representante da Agência das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), chegou ao Peru no último domingo para ver de perto a situação dos milhares de imigrantes que deixaram a Venezuela fugindo da severa crise humanitária no país. A visita da americana, contudo, foi criticada pelo governo de Nicolás Maduro.

O número dois do chavismo, Diosdado Cabello, acusou a imprensa “de direita” de aproveitar a visita da atriz para esconder a caravana de migrantes da América Central que se dirige aos Estados Unidos.

“Luz, câmera, ação: Angelina Jolie aparece para dar todo o seu ‘amor’ à caravana de venezuelanos no Peru, perdão, à diáspora venezuelana, notícia oportuna para a mídia de direita não falar dos migrantes centro-americanos e o ‘amor’ com o qual serão recebidos nos EUA”, escreveu no Twitter o presidente da governista Assembleia Constituinte.

Nesta segunda, Angelina conversou e aconselhou imigrantes durante uma visita a um albergue em Lima administrado por voluntários.

A atriz foi ao distrito de San Juan de Lurigancho, onde fica o albergue Sin Fronteras, que há mais um ano acolhe e dá alimentos aos migrantes venezuelanos que chegam à capital peruana. Angelina conversou com alguns dos refugiados sobre a situação da Venezuela.

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“Como pode ser bom (um governo) se mais de 2 milhões de pessoas saíram do país?”, disse a atriz e diretora a seus interlocutores.

Além disso, tentou incentivar os migrantes apontando que, “unidos, serão mais fortes e poderão seguir em frente”.

Segundo o Acnur, durante sua viagem de três dias Angelina também terá encontros com autoridades e com representantes de entidades civis que fornecem ajuda aos venezuelanos que abandonaram seu país.

Além disso, ela visitará programas através dos quais os migrantes recebem assistência e proteção e “observará a generosa resposta do Peru” a esta situação.

Crise migratória

Com 456.000 venezuelanos que emigraram em apenas um ano e meio, o Peru é, depois da Colômbia, o país sul-americano que mais recebeu migrantes que deixaram o país governado por Nicolás Maduro.

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Segundo a ONU, 2,3 milhões de venezuelanos (7,5% da população de 30,6 milhões) vivem no exterior, dos quais 1,9 milhão emigraram desde 2015, quando piorou a crise em meio a uma hiperinflação.

A caravana de migrantes centro-americanos que se dirige aos Estados Unidos inclui mais de 7.000 pessoas, disse o porta-voz adjunto da ONU, Farhan Aziz Haq, citando uma estimativa da Organização Internacional para as Migrações.

Depois de passar uma segunda noite no México, milhares de migrantes, em sua maioria hondurenhos, estavam se preparando nesta segunda para retomar a sua viagem e tentar chegar à fronteira com os Estados Unidos, a 3.000 km de distância.

O presidente Nicolás Maduro pediu no sábado ao seu homólogo americano, Donald Trump, para abrir as portas aos migrantes centro-americanos.

“Que abra a fronteira dos Estados Unidos e respeite os migrantes centro-americanos (…) Vejo com dor o que está acontecendo”, disse o venezuelano.

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(Com EFE e AFP)

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