Sarajevo, 9 dez (EFE).- A atriz americana Angelina Jolie, que marcou sua estreia como diretora e roteirista com um filme sobre a guerra da Bósnia, declarou nesta sexta-feira que seu longa-metragem não visa mostrar somente ‘os sofrimentos dos bósnios, mas também a força e o amor pela família’.
Intitulado ‘In The Land of Blood and Honey’, o primeiro filme dirigido por Angelina Jolie foi rodado em 2010 entre a Bósnia e Hungria.
‘Nos últimos dez anos viajei ao redor do mundo e senti uma grande frustração ao ver como as pessoas em situações de pós-guerra ficam traumatizadas e decepcionadas por não acreditar que fizeram o suficiente por elas’, disse a atriz em entrevista ao jornal bósnio ‘Avaz’.
‘Comecei a pensar diariamente nisso, sobretudo, no sofrimento das mulheres e das crianças na guerra’, declarou Angelina Jolie, impressionada com estas experiências vividas.
Segundo a estrela de Hollywood, depois de sua viagem à Bósnia, ela passou a ler muito para se aprofundar no conflito deste país balcânico, explicando que ficou muito impressionada com todo o ‘sofrimento, a falta de humanidade, e, no final, com a força das pessoas da Bósnia para enfrentar toda essa situação’.
‘Conheci a coragem dessa gente, das famílias, da comunidade artística na Bósnia-Herzegovina. Todo isso me inspirou para voltar para esta região e concluir que os bósnios são parte da minha família’, completou a atriz.
Em relação aos crimes que ocorreram durante a guerra, a Angelina Jolie disse que a intenção de seu filme não é somente mostrar a ção dos tribunais, mas mostrar os criminosos ‘como pessoas que realmente sentem as possíveis condenações e o peso dos crimes que cometeram’.
‘In the Land of Blood and Honey’ narra a história de amor vivida por um casal que se conheceu antes da guerra (1992-1995), além de todas as dificuldades que o conflito causou na relação. EFE