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Anders Breivik exigiu a renúncia do governo para falar sobre o massacre na Noruega

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31 jul 2011, 15h07

O autor do duplo ataque de 22 de julho na Noruega, Anders Breivik Behring, exige a renúncia do governo e a abdicação do rei norueguês para fornecer mais detalhes sobre seus planos os investigadores, revelou neste domingo a televisão NRK.

Durante seu interrogatório na sexta-feira, além de exigir a renúncia do primeiro-ministro Jens Stoltenberg e a abdicação de Harald V da Noruega, o extremista de 32 anos impôs como condição para falar ser nomeado chefe do Exército nacional.

Diante da negativa da polícia de satisfazer suas exigências, ao fim de dez horas de interrogatório, Breivik finalmente resolveu cooperar.

No sábado, em entrevista à AFP, o chefe da comissão de inquérito judicial, Paal-Fredrik Hjort Kraby, disse que Breivik se mostrou muito disposto a responder as perguntas da polícia, mas não quis comentar as supostas outras células de sua organização, que ele já tinha mencionado anteriormente.

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Por outro lado, o jornal britânico Sunday Telegraph informou neste domingo que Breivik comprou no site e-Bay o enxofre e outros materiais que usou para fazer os explosivos usados em seu ataques.

Segundo o jornal, que afirma ter consultado as compras on-line de Breivik nos últimos meses, o extremista comprou em novembro passado de um vendedor de Enfield, norte de Londres, cerca de 500 gramas de enxofre em pó para produzir explosivos.

Ele também comprou algumas ferramentas de uma empresa de Sheffield (norte).

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Além disso, comprou uma arma e acessórios para ela com fornecedores na China e nos Estados Unidos.

“Quando ouvi a notícia sobre o que ele tinha feito, fiquei horrorizado e chocado, mas quando o Sunday Telegraph disse que eu estava envolvido involuntariamente (…), fiquei horrorizado e chocado dez vezes mais”, declarou o vendedor de enxofre Andrew Christou.

Na véspera, a imprensa norueguesa informou que, durante interrogatório, o extremista confessou que tinha em mente vários outros alvos de ataque.

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Segundo o jornal Verdens Gang, o Palácio Real norueguês e a sede do Partido Trabalhista também figuravam na lista dos objetivos de Breivik.

Ainda segundo o jornal, que não revelou suas fontes, os investigadores acreditam que Breivik teve dificuldade em fabricar explosivos, fora a bomba que ele admite ter detonado no bairro dos ministérios, no centro de Oslo.

Behring Breivik, um norueguês de 32 anos e que se considera em uma cruzada contra a “invasão muçulmana” na Europa, também confessou ser o autor da chacina na ilha de Utoya, onde as juventudes socialistas realizavam um acampamento de verão.

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Os dois ataques deixaram um total de 77 mortos, principalmente jovens, segundo a última contagem da polícia.

Por outro lado, o apoio popular aos trabalhistas noruegueses cresceu depois dos atentados de Breivik, que, com seu ato, curiosamente tentava impedir novas adesões ao partido do primeiro-ministro Jens Stoltenberg.

Segundo uma pesquisa realizada nos dias 29 e 30 de julho e divulgada neste domingo pelo jornal Dagbladet, o Partido Trabalhista conta com o apoio de 41,7% dos noruegueses, 11,1 pontos a mais do que em junho.

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“Não é preciso ser analista político para notar o efeito sobre a simpatia da população em relação ao trabalhismo que os atentados provocaram”, afirma o cientista político Frank Aarebrot.

“Quem votou nos trabalhistas nas últimas eleições e estava em dúvida, agora vão sar seu apoio ao Partido de maneira maciça”, acrescentou.

Em suas primeiras declarações em juízo, Anders Behring Breivik afirmou que queria “fazer cessar as adesões ao Partido Trabalhista”. Islamófobo, lamentava que os trabalhistas tenham instaurado o que considera uma sociedade multicultural em seu país.

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