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Amigos da Síria pressionam regime de Bashar al-Assad

Por Por Nicolas Cheviron y Burak Akinci
1 abr 2012, 18h17

Os “Amigos do povo sírio” pediram neste domingo ao regime sírio, que continua com seus bombardeios sangrentos, para aplicar o plano de paz, mas não comentaram a ideia de armar os rebeldes.

Enquanto isso, a violência persistia na Síria, causando pelo menos 40 mortes em toda a Síria, entre elas, as de 15 membros das forças governamentais, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), que estima que cerca de 10 mil pessoas morreram em um ano de revoltas.

“O grupo dos Amigos saudou os esforços do emissário especial Kofi Annan e expressou seu apoio à aplicação integral de seu mandato”, afirmam os 83 países reunidos em Istambul em uma declaração final conjunta.

O grupo “pediu para o emissário especial determinar uma data limite para as próximas etapas, que incluem o retorno ao Conselho de Segurança da ONU se as matanças continuarem”, acrescentou o documento.

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O regime do presidente sírio, Bashar al-Assad, comprometeu-se na terça-feira a aplicar o plano, mas a continuação da violência gera dúvidas em muitos países sobre as intenções da Síria.

A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, afirmou neste domingo que Assad “se equivoca” se acredita que pode derrotar a oposição.

Em coletiva de imprensa em Istambul, Clinton considerou que a “oposição (ao regime de Assad) está ganhando em intensidade, não perdendo” e que o presidente sírio está atuando como se pudesse esmagar os opositores.

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“Se Assad continua, como está fazendo, sem por fim à violência”, nunca implantará o plano de paz que firmou com o enviado da ONU e da Liga Árabe Kofi Annan, disse a secretária de Estado.

Segundo Clinton “é claro que quer esperar para ver se suprime totalmente a oposição. Acredito que se equivoca se é isso que pensa”.

O plano de Annan defende o fim de qualquer forma de violência para todas as áreas sob supervisão da ONU, o fornecimento de ajuda humanitária às áreas afetadas pelos combates e a libertação das pessoas detidas arbitrariamente.

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O chefe da diplomacia francesa, Alain Juppé, informou, durante um contato com a imprensa fora da conferência, que o comunicado final declara “que o Conselho Nacional Sírio (CNS) é o principal interlocutor”. “Pedimos ao conjunto das forças da oposição que se reúnam sob sua direção”, declarou o ministro.

Juppé revelou, além disso, que os países representados na coletiva dos “Amigos de Siria” tinham constituído um grupo de trabalho para elaborar eventuais sanções contra Damasco que se reunirá em “cerca de quinze dias” em Paris.

Houve ausências importantes na reunião de Istambul, como Rússia, China e Irã, os principais apoios do regime sírio.

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Kofi Annan e o secretário geral da ONU, Ban Ki-moon, também não estavam presentes.

Os “Amigos do povo sírio” destacaram o direito da população síria à autodefesa, fortemente defendido pela manhã pela Turquia como meio de pressão suplementar sobre a Síria.

“O grupo expressou seu apoio às medidas legítimas tomadas pela população para se proteger”, disse a declaração.

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A questão de armar os rebeldes, especialmente o Exército Livre da Síria (ELS), pedido pela oposição síria e os países árabes, não foi mencionado.

Arábia Saudita e Qatar pediram essa ajuda, a que os Estados Unidos se opõem.

Burhan Galiun, presidente do CNS, principal coalizão da oposição, anunciou que seu movimento pagará um salário aos membros do ELS.

“O CNS assumirá o pagamento de salários fixos a todos os oficiais, soldados e resistentes membros do ELS”, declarou.

Fontes que pediram anonimato na coletiva disseram que três ou quatro países árabes, entre eles a Arábia Saudita e Qatar, darão milhões de dólares para financiar esse programa.

O chefe da Liga árabe, Nabil al Arabi, pediu aos participantes para pressionar o Conselho de Segurança da ONU para aplicar medidas contra o regime de Bashar al-Assad.

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