Americanos apoiam acesso a iPhone para investigações do FBI, revela pesquisa
Polícia americana quer desbloquear aparelho celular de terrorista de San Bernardino; Apple recusa pedido
Mais da metade dos americanos apoia o governo em seu pedido para que a Apple desbloqueie os dados do iPhone do terrorista que matou catorze pessoas no ataque em em San Bernardino, na Califórnia, em dezembro. Alegando que o desbloqueio pode afetar a segurança de milhões de usuários do produto, a gigante da tecnologia negou o pedido das autoridades americanas.
De acordo com uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira pelo centro de pesquisa Pew, 51% dos americanos acredita que a Apple deveria desbloquear o iPhone para facilitar a investigação do FBI. Apenas 38% dos entrevistados se posicionaram a favor da empresa, e os 11% restantes não se pronunciaram sobre a questão.
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A ordem proferida pelo FBI não pede diretamente à Apple para desativar o bloqueio específico do iPhone 5C de Syed Farook, um dos autores do atentado que matou catorze pessoas em dezembro de 2015. O órgão exige que a empresa forneça um software que ajude os investigadores a descobrir a senha de acesso ao iPhone, que poderia ser usado em outros aparelhos.
Em um comunicado emitido na última quarta-feira pelo diretor executivo da empresa, Tim Cook, a Apple afirma que o pedido do FBI, que investiga o atentado, teria “graves consequências para a segurança” dos usuários de iPhone. “O governo dos Estados Unidos pediu à Apple que dê um passo sem precedentes, que ameaça a segurança de nossos usuários”, disse Cook no comunicado.
A pesquisa mostra que 75% dos americanos conhecem ou ouviram falar da disputa entre a multinacional e o governo, que foi alvo de discussões ao longo da semana. Além disso, o levantamento indica que não é uma questão de ideologia política, já que tanto republicanos (56%) como democratas (55%) apoiam por maioria a posição do governo.
A pesquisa foi realizada entre os dias 18 e 21 de fevereiro com ligações telefônicas a 1.002 adultos em todo o país e tem margem de erro de 3,7 pontos.
(Com EFE)