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Aliança opositora não participará de presidenciais na Venezuela

MUD considera que Conselho Nacional Eleitoral (CNE) não oferece garantias de imparcialidade

Por Da redação
21 fev 2018, 18h03

A coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) anunciou nesta quarta-feira que não participará das eleições presidenciais de 22 de abril na Venezuela se não houver mudanças nas condições eleitorais.

“Não contem com a Mesa da Unidade Democrática nem com o povo para aprovar o que, até agora, é apenas um simulacro fraudulento e ilegítimo de eleição presidencial”, anunciou o coordenador político da MUD, Ángel Oropeza, em entrevista coletiva.

Oropeza assegurou que esta decisão foi tomada “em consenso” e por parte de “todos” os partidos que integram a aliança antichavista. Nas últimas semanas, as legendas estavam em desacordo sobre a decisão, já que alguns candidatos ainda pensavam em se inscrever para o pleito.

A MUD considera que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) não oferece garantias de imparcialidade, pois está sob o controle do governo do presidente Nicolás Maduro. Nas eleições municipais de dezembro, os representantes da coalizão já haviam denunciado irregularidades. O partido de Maduro conquistou 23 dos 28 estados em disputa no pleito.

O Vontade Popular, partido do opositor Leopoldo López, já havia anunciado que não participaria das presidenciais, convocadas antecipadamente pela governista Assembleia Constituinte.

O grupo argumenta que fazê-lo seria legitimar uma “fraude” para perpetuar no poder Maduro, que busca um segundo mandato, até 2025, apesar de sua impopularidade, que supera 70% segundo pesquisas, devido à grave crise socioeconômica. “Pedimos a todas as organizações políticas democráticas que não confirmem a fraude”, assinalou a formação.

O país com população de 30 milhões de pessoas está perto de um colapso econômico, com inflação de mais de 2.000% no último ano e milhões sem o suficiente para comer. Críticos dizem que a eleição é uma farsa, com os principais adversários de Maduro proibidos de concorrer e um órgão eleitoral submisso destinado a decidir a favor do partido governista. Maduro nega que o sistema seja antidemocrático.

Sem adversários

Por enquanto, apenas vislumbram dois adversários de pouca projeção para Maduro: o pastor evangélico Javier Bertucci e o dirigente Claudio Fermín.

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O presidente, herdeiro do falecido líder socialista Hugo Chávez, assegura que irá tentar a reeleição com ou sem adversários, e se mostrou aberto a uma observação eleitoral da Secretaria-Geral da ONU.

Uma negociação entre governo e MUD sobre garantias eleitorais fracassou em 7 de fevereiro na República Dominicana, depois da qual o poder eleitoral fixou a data da votação.

(Com EFE e AFP)

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