Alepo é bombardeada enquanto Irã parte para a diplomacia
Governo iraniano responsabiliza EUA pela morte de peregrinos em bombardeio
Enquanto os moradores da cidade síria de Alepo reportam pânico com os bombardeios que não cessam na região, o Irã resolveu partir para a diplomacia e reforçar ainda mais o seu apoio ao regime do ditador Bashar Assad. Nesta terça-feira, o representante do guia supremo iraniano, Ali Khamenei, desembarcou em Damasco para uma reunião com Assad, segundo a televisão estatal do Irã.
Entenda o caso
- • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março de 2011 para protestar contra o regime de Bashar Assad.
- • Desde então, os rebeldes sofrem violenta repressão pelas forças de segurança, que já mataram milhares de pessoas no país.
- • A ONU alerta que a situação humanitária é crítica e investiga denúncias de crimes contra a humanidade por parte do regime.
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“Said Jalili terá uma reunião com o presidente sírio”, informou a emissora. Posteriormente deve conceder uma entrevista coletiva. O Irã, aliado chave de Assad, mostra-se cada vez mais crítico ao apoio dos Estados Unidos, Turquia, Arábia Saudita e Qatar aos rebeldes que combatem o Exército sírio.
Responsabilidade – Em paralelo, o governo do Irã afirmou nesta terça-feira que os Estados Unidos são responsáveis pela vida dos 48 peregrinos iranianos sequestrados no sábado em Damasco. Uma nota foi entregue à embaixada da Suíça, que representa os interesses americanos no Irã, informou a agência oficial Irna.
“A nota afirma que, levando em consideração o flagrante apoio dos Estados Unidos aos grupos terroristas e o envio de armas à Síria, o governo dos Estados Unidos é responsável pela vida dos 48 peregrinos sequestrados em Damasco”, afirmou o vice-ministro das Relações Exteriores, Hossein Amir-Abdollahian.
“Esperamos que os países que de alguma maneira são responsáveis pelos acontecimentos na Síria tomem as medidas necessárias para garantir a segurança dos peregrinos e seu retorno ao Irã”, completou, antes de afirmar que Teerã pediu a intervenção de Turquia e Qatar para obter a libertação. Uma brigada do Exército Sírio Livre, que reivindicou o sequestro dos 48 iranianos, afirmou na segunda-feira que três deles morreram em um bombardeio das forças do regime na região de Damasco.
(Com agência France-Presse)