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Alemanha proíbe venda de armas à Arábia Saudita

Medida é represália ao assassinato do jornalista Jamal Khashoggi e foi completada pela proibição do ingresso de 18 sauditas em solo alemão

Por Da Redação
19 nov 2018, 13h05

O Ministério de Economia da Alemanha anunciou nesta segunda-feira (19) a suspensão da venda de armas e equipamentos militares à Arábia Saudita, inclusive as que já tinham sido aprovadas por Berlim. Também proibiu o ingresso de 18 cidadãos sauditas envolvidos na morte do jornalista dissidente Jamal Khashoggi, ocorrida no início de outubro no consulado de Riad em Istambul.

As decisões de Berlim respondem justamente ao brutal assassinato do jornalista, que vivia em exílio nos Estados Unidos. As investigações realizadas pela Turquia e agências de inteligência de vários países apontam para o príncipe herdeiro e atual governante saudita, Mohamed bin Salman, como mandante do crime. A Alemanha insiste no esclarecimento total do caso.

“As circunstâncias em que aconteceu esse horrível crime ainda não foram esclarecidas de modo satisfatório”, disse o porta-voz do governo da chanceler Angela Merkel, Steffen Seibert.

Nesta segunda-feira, um porta-voz do Ministério de Economia informou ter entrado em contato com as empresas que tinham obtido permissão de exportação à Arábia Saudita. Todas as autorizações já concedidas serão revisadas. A mesma fonte acrescentou que foram usados “diferentes instrumentos” para bloquear essas exportações com permissão.

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O Ministério de Economia fez este anúncio pouco depois de Seibert ter anunciado a  proibição da entrada de 18 cidadãos sauditas envolvidos na morte de Khashoggi.

Tratam-se dos 15 agentes que foram identificados como integrantes do comando que assassinou Khashoggi e de outros três suspeitos de terem participado na organização do crime. A proibição é aplicável para todo o Espaço Schengen – os 26 países europeus que adotam as mesmas políticas migratórias.

O Ministério das Relações Exteriores reiterou que a Alemanha exige um “esclarecimento transparente” do ocorrido “segundo os padrões de um Estado de direito”.

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Essa equipe de 15 agentes sauditas tentou forçar Khashoggi a enviar uma mensagem ao seu filho Salah, residente na Arábia Saudita, informa nesta segunda-feira o jornal turco Hürriyet.

Segundo a publicação, as gravações existentes do episódios mostram que, quando Khashoggi se negou, houve uma discussão aos gritos que terminou com a asfixia o jornalista com uma corda de plástico ou uma bolsa.

Não está claro qual instrumento foi utilizado para matar Khashoggi e qual o intuito da mensagem, afirma o Hürriyet. Depois da morte do jornalista, os agentes não teriam demonstrado nervosismo ou inquietação e teriam agido tranquilidade na hora de se desfazer do corpo, acrescenta o Hürriyet.

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O jornal informa que, antes do assassinato, a equipe saudita já tinha entrado em contato com Salah Khashoggi, que apareceu publicamente no dia 23 de outubro apertando a mão do príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman. Dois dias mais tarde, Salah Khashoggi e sua família deixaram a Arábia Saudita.

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