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Al Qaeda invade cidade no Iêmen e solta 300 presos

Grupo terrorista libertou dezenas de extremistas que estavam detidos em prisão. O ataque teve outras violentas ações simultâneas contra edifícios militares e do governo do país

Por Da Redação
2 abr 2015, 07h20

O grupo terrorista Al Qaeda lançou um ataque nesta quinta-feira contra Al Mukala, no leste do Iêmen, onde libertou 300 homens da prisão da cidade, reporta a rede CNN. Segundo fontes de segurança, dezenas de combatentes da Al Qaeda realizaram ataque simultâneo contra seis alvos militares e várias sedes do governo provincial, assim como contra três bancos estatais e o principal presídio da região.

No ataque à prisão morreram quatro guardas, cinco presos e três terroristas. Entre os mais de 300 detentos que podem ter conseguido escapar da penitenciária, várias dezenas pertencem à própria Al Qaeda. Entre os foragidos se destaca o dirigente terrorista, Khaled Said Batarf, preso por organizar atentados no Iêmen. O Exército iemenita tentou repelir o ataque do grupo, que coincide com uma profunda instabilidade no país, após a fuga do presidente, Abd Rabbo Mansour Hadi, e a ofensiva aérea lançada pela Arábia Saudita e seus aliados árabes contra os rebeldes houthis, que tomaram o controle de várias províncias.

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No violento ataque, os jihadistas também detonaram explosivos e carros-bomba na delegacia de Al Nayda e em um quartel litorâneo. Além disso, atacaram com explosivos, metralhadoras e lança-granadas o Palácio Republicano, residência do presidente em suas viagens à região. Também foram atacados a sede da rádio, a Prefeitura da cidade e o porto marítimo. O Exército enviou reforços à cidade para fazer frente ao ataque. Até o momento, o número de vítimas é incerto, mas pode ultrapassar uma centena.

Reforços terrestres – Nesta quarta, o ministro das Relações Exteriores iemenita, Ryad Yasin, refugiado em Riad, pediu à coalizão internacional dirigida pela Arábia Saudita que combate os rebeldes xiitas no Iêmen que envie forças terrestres. “Sim, peço isso porque acredito que, em algum tempo, os bombardeios aéreos serão ineficazes”, disse Yasin em uma entrevista uma semana após o início dos ataques contra os rebeldes houthis, apoiados pelo Irã, que controlam extensas áreas território no Iêmen.

O apelo de Yasin coincidiu com declarações alarmistas da ONU e de ONGs, que estão preocupadas pelo fato de cada vez mais civis figurarem entre as vítimas dos bombardeios aéreos e porque uma crise humanitária se aproxima no horizonte. Yasin afirmou que, efetivamente, irão ocorrer menos perdas civis se a coalizão enviar tropas terrestres e que o principal motivo de seu pedido está vinculado à necessidade de facilitar a entrada no Iêmen de ajuda humanitária.

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O duro balanço de mortos confirma os temores das organizações humanitárias sobre a situação dos civis neste conflito. Nesta semana, mais de 50 civis já morreram em um bombardeio a um campo de refugiados no noroeste do país, um ataque imputado à coalizão liderada pela Arábia Saudita, que admitiu a possibilidade de “danos colaterais”. Em uma semana de hostilidades, ao menos 62 crianças morreram, alertou a Unicef, acrescentando que os combates “afetaram severamente os serviços de saúde mais básicos”. O Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos, Zeid Ra’ad Al Husein, disse temer um colapso total no Iêmen.

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(Da redação)

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