Agressor de Ohio pode ter se autorradicalizado, dizem autoridades
Abdul Razak Ali Artan feriu onze pessoas ao atropelar e atacar estudantes com um facão na segunda-feira
O imigrante somali que jogou o carro contra pedestres na Universidade Estadual de Ohio, nos Estados Unidos, e esfaqueou outras pessoas com um facão pode ter se autorradicalizado, seguindo o padrão “lobo solitário” dos terroristas inspirados em propaganda do Estado Islâmico (EI), segundo autoridades americanas.
Investigadores estão examinando o histórico de Abdul Razak Ali Artan um dia depois do ataque em que ele feriu onze pessoas no campus em Columbus, onde era estudante. Artan foi morto a tiros momentos depois por um policial.
Até agora, os investigadores não descobriram evidências fortes ligando Artan a outros militantes, células ou grupos conhecidos, afirmaram duas autoridades federais de segurança que não quiseram ser identificadas porque o inquérito está em andamento.
As ações de Artan seguem o chamado padrão “lobo solitário” de ataques militantes nos EUA, como o do atirador que matou 49 pessoas numa boate em Orlando, na Flórida, em junho, e o do homem que matou quatro fuzileiros e um marinheiro numa ação a tiros em Chattanooga, no Tennessee, no ano passado, disseram as autoridades.
Os agressores nesses dois ataques eram muçulmanos, assim como Artan, e foram mortos pela polícia.
Investigadores examinam uma mensagem que, acredita-se, foi publicada no Facebook por Artan e que contém declarações fortes a respeito de estar “farto e cansado” de ver muçulmanos mortos e de se aproximar de um “ponto de ebulição”, disse uma fonte das forças de segurança.
Artan, que nasceu na Somália, era um residente legal e permanente dos EUA, que chegou no país em 2014, disse uma autoridade federal, que também pediu o anonimato.
Propaganda terrorista
A agência de notícias Amaq, ligada a jihadistas do EI, informou nesta terça-feira que o jovem somali era um “soldado do (grupo terrorista) Estado Islâmico”.
Em breve comunicado divulgado no Twitter, a Amaq disse que o agressor “realizou a operação em resposta aos apelos de atacar os cidadãos dos países (integrantes) da coalizão internacional (que luta contra o Estado Islâmico na Síria e no Iraque)”.
(Com agências Reuters e EFE)