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Afeganistão executa 5 homens em caso de estupro

Homens foram enforcados em uma prisão em Cabul. Ataque a quatro mulheres provocou indignação no país, mas grupos de direitos humanos criticaram rapidez no processo judicial

Por Da Redação
8 out 2014, 12h12

O governo afegão executou cinco homens condenados por estupro coletivo e roubo, em um caso que chocou o país. Em agosto, oito homens pararam o carro de uma família nos arredores de Cabul e estupraram quatro mulheres. Uma delas estava grávida. As vítimas foram arrastadas para fora do veículo até uma área de onde os homens da família pudessem ouvir os gritos. Os criminosos estavam armados e alguns vestiam uniformes da polícia.

Sete dos envolvidos foram condenados à morte no mês passado, mas um recurso reduziu duas sentenças para até 20 anos de prisão. Os veredictos foram confirmados pela Suprema Corte afegã. Ainda há três foragidos. Segundo o chefe da polícia de Cabul, o general Mohammad Zahir, os outros cinco envolvidos foram enforcados nesta quarta-feira na prisão Puli Charkhi.

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Críticas – O ataque às mulheres provocou revolta e muitos foram às ruas protestar. No país onde mulheres vítimas de estupro algumas vezes são acusadas de adultério e acabam punidas, defensores dos direitos das mulheres pediram que os criminosos fossem executados. Contudo, grupos de direitos humanos criticaram a rapidez no processo judicial – o primeiro julgamento, transmitido pela televisão, durou apenas duas horas. Um dos réus afirmou ter sido torturado para confessar o crime.

O Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos expressou “grave preocupação” de que o enforcamento dos criminosos não signifique justiça para eles ou suas vítimas. Outros grupos internacionais criticaram o ex-presidente Hamid Karzai por pedir a execução dos réus antes mesmo do julgamento.

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O vice-diretor da Anistia Internacional para Ásia-Pacífico, David Griffiths, observou a gravidade do crime, mas disse que a entidade considera a pena de morte como uma “forma repugnante de punição”, que nunca deve ser usada. “É profundamente lamentável que o presidente Ashraf Ghani tenha permitido que as execuções fossem adiante”, afirmou, referindo-se ao sucessor de Karzai.

Permitida pela lei, a pena de morte só foi autorizada pelo ex-presidente duas vezes durante o seu mandato de 13 anos. Em centenas de casos, a execução dos criminosos não foi aceita pelo governo. Essa última ordem de execução foi assinada por Karzai no mês passado, no último dia do seu mandato.

Desde que o Talibã foi retirado do poder, em 2011, centenas de pessoas foram condenadas à pena de morte no país, mas o presidente assinou autorizações para execução de apenas trinta condenados, informou a rede britânica BBC.

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(Com Estadão Conteúdo)

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