Aeroporto de Gatwick reabre após quase 36 horas fechado
Polícia ainda busca drones e seus operadores, que obrigaram o aeroporto a suspender o tráfego na quarta-feira
A pista do Aeroporto Internacional de Gatwick, em Londres, foi reaberta nesta sexta-feira, 21, após ficar quase 36 horas fechada. Na quarta-feira 19, o tráfego aéreo teve que ser suspenso depois que drones passaram a voar nos arredores do local.
O aeroporto, que é o segundo mais movimentado do Reino Unido, remarcou 765 pousos e decolagens para esta sexta, embora o tráfego ainda esteja limitado. O primeiro voo, que saiu da China, chegou a Gatwick por volta das 6h do horário local e um avião saiu logo depois com destino à Lapónia, na Finlândia.
Na quinta-feira 20, a polícia de Sussex afirmou que o voo dos drones na região próxima ao aeroporto provavelmente foi um “ato deliberado”, mas garantiu que até o momento não há “indicações que sugerem que seja relacionado com terrorismo”.
As autoridades locais ainda buscam os operadores dos aparelhos. Apesar dos esforços de agentes e investigadores, os drones desapareceram sem deixar rasto e sem que a polícia conseguisse detectar sua origem.
O fechamento do aeroporto afetou mais de 760 voos e 110.000 passageiros.
Os primeiros alertas por presença de drones na região do aeroporto foram emitidos por volta das 21h locais da quarta-feira.
Durante a madrugada, a administração do Gatwick foi avisada pela polícia que a situação já estava normalizada, mas logo depois novos drones foram identificados voando nos arredores das pistas.
Por Gatwick, que tem conexão com 228 cidades de 74 países, transitam anualmente 45 milhões de passageiros.
Acidentes com drones
Um aumento de quase colisões entre drones e aviões comerciais intensificou as preocupações com a segurança na indústria da aviação nos últimos anos.
No Reino Unido, o número de choques evitados entre drones particulares e aeronaves mais do que triplicou entre 2015 e 2017, e 92 incidentes foram registrados no ano passado, segundo a britânica Airprox Board.