Com Agência France-Presse
Cinco homens acusados de planejar os atentados de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos aparecerão em público pela primeira vez em cinco anos nesta quinta-feira, em um tribunal militar na base naval de Guantánamo, em Cuba. Os cinco detidos enfrentam várias acusações, que incluem conspiração, assassinato, ataque a civis, destruição de propriedade, terrorismo e ajuda material a terroristas.
Khaled Sheikh Mohammed, considerado o cérebro dos ataques que deixaram 3.000 mortos, Ramzi Binalshibh, Ali Abd al-Aziz Ali, Wallid bin Attash e Mustapha al-Hawsawi podem ser condenados à pena de morte, caso sejam considerados culpados pelo tribunal militar na base americana. Jornalistas e outras pessoas que acompanharão a audiência, incluindo membros de grupos de defesa dos direitos civis, ficarão em uma área antes ocupada por uma pista de pouso.
Todos os suspeitos foram presos entre 2002 e 2003 e transferidos para a polêmica base na ilha de Cuba em 2006, depois de, supostamente, terem passado anos em prisões secretas da CIA. O general Thomas Hartmann, assessor legal do tribunal militar, afirmou que a defesa gozou de direitos “extraordinários”. No entanto, destacou que mesmo que os acusados sejam absolvidos não serão liberados antes do fim da chamada guerra contra o terrorismo de Washington.