Acusado de matar jovem negro vai a tribunal nos EUA
Vigilante que matou Trayvon Martin quer obter liberdade provisória

George Zimmerman, o vigilante acusado de homicídio culposo (sem intenção) pela morte de Trayvon Martin, compareceu nesta sexta-feira ao Tribunal de Sanford (na Flórida) para tentar obter liberdade provisória antes da conclusão do julgamento do caso. A defesa de Zimmerman quer convencer o juiz Kenneth Lester de que é seguro permitir que ele seja posto em liberdade – mas a Promotoria ainda não está totalmente convencida disso.
Durante a audiência, Zimmerman foi acompanhado de seu advogado, Mark O’Mara, que durante a manhã também acompanhou o interrogatório da mulher do vigilante, entre outros testemunhos. Os pais de Trayvon Martin, o adolescente de 17 anos assassinado por Zimmerman no dia 26 de fevereiro, também estavam na sala. Apesar de ter sido o autor dos disparos, o vigilante alegou ter agido em legitima defesa.
Caso – Zimmerman só foi acusado de homicídio culposo no dia 11 de abril, depois de uma onda de protestos públicos e de uma investigação do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, que segue em aberto. Na última quinta-feira, o governador da Flórida, Rick Scott, criou uma equipe especial para analisar a controversa lei ‘Stand Your Ground’ (‘Defenda sua posição’, tradução livre), a mesma usada por Zimmerman para ter permanecido em liberdade inicialmente.
A chamada Força Especial de Segurança e Proteção Cidadã é integrada por 17 pessoas que decidirão se essa lei deve ser modificada. Trayvon foi morto quando retornava à casa de seu pai, em Sanford, após ter comprado balas e um chá frio. Como o jovem estava encapuzado, Zimmerman suspeitou dele e efetuou os disparos.
(Com agência EFE)