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“Acordo possível” está a caminho, garante a OMC

Por Jadyr Pavão
28 jul 2008, 14h43

O porta-voz da Organização Mundial do Comércio (OMC), Keith Rockwell, divulgou nesta segunda-feira declaração em que o presidente da entidade, Pascal Lamy, garante que o fechamento de um acordo na Rodada Doha, que prevê a liberalização do comércio mundial, é “uma questão de horas”. Representantes de nações de todo o mundo estão reunidos em Genebra, na Suíça, há uma semana negociando os termos do acordo.

Rockwell confirmou que Lamy apresentará nesta segunda-feira um novo texto de convergência, que reúna as posições dos países que participam da negociação. O objetivo, segundo ele, é reunir o maior número possível de tópicos consensuais, deixando claro que o encontro deverá chegar a um acordo possível. ‘Obviamente, há assuntos que ainda precisam ser resolvidos e podem ser deixados de fora. Não são muitos, mas são cruciais’.

Segundo Rockwell, nos assuntos em que não foi atingido o consenso, o texto trará partes em branco. Esses assuntos incluem, segundo ele, negociações sobre o algodão, salvaguardas, criação de novas cotas tarifárias e problemas específicos para alguns países. ‘O que está na mesa é substancial’, ressalvou Rockwell.

Índia – Na última sexta-feira, Lamy apresentou um texto que buscava o consenso, mas foi rejeitado por nações reunidas sob a denominação de G-33 – que inclui Brasil, Argentina e Índia. O Brasil apoiou as propostas, o que gerou conflito no interior do Mercosul, com os argentinos. A partir da recusa, Lamy redigiu novo texto, fazendo concessões aos insatisfeitos.

O principal motivo de insatisfação tratava de um dispositivo de proteção reclamado pela Índia e rejeitado por exportadores agrícolas, como Paraguai e Uruguai. O chamado Mecanismo de Salvaguarda Especial (MSE) permitiria aos países em desenvolvimento aumentar a tarifa de importação em até 15 pontos porcentuais de um determinado produto caso fosse constado um aumento de 40% nas importações desse item.

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A oposição veio de Uruguai e Paraguai, apoiados por outros exportadores agrícolas como Estados Unidos, Austrália, Nova Zelândia e Chile. Os dois primeiros advertiram que mecanismo ‘poderia se transformar num obstáculo insuperável para o êxito’ da Rodada de Doha.

China – Os chineses, por sua vez, se recusaram a abrir seus mercados a três produtos agrícolas importantes, provocando a irritação de outros países em desenvolvimento. São eles arroz, algodão e açúcar.

O anúncio, feito no domingo, provocou protestos da parte de outros países emergentes com economias dependentes de um único produto de exportação, como a Tailândia. A posição chinesa também contradiz os interesses do Brasil, exportador de açúcar de cana, e da Índia, de algodão.

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