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Acordo de indenização de passageiros concluído e provável início do bombeamento de combustível

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27 jan 2012, 10h59

Duas semanas depois do naufrágio do Costa Concórdia, os mergulhadores continuam com as buscas pelos desaparecidos e tentam acelerar o início do bombeamento do combustível, enquanto a companhia Costa Cruzeiros chega a acordos de indenização com associações e consumidores.

Na manhã desta sexta-feira, a marinha colocou novos explosivos no casco do navio para abrir novas passagens.

Segundo o coordenador de operações, Franco Gabrielli, não há mais esperanças de encontrar desaparecidos com vida. O balanço provisório da catástrofe continua em 16 mortos e 16 desaparecidos.

Paralelamente, os preparativos para o bombeamento das 2.400 toneladas de combustível do Costa Concordia aceleram.

As empresas Smit (irlandesa) e Neri (italiana) avançam progressivamente na colocação de válvulas em buracos em 6 dos 23 reservatórios. A extração pode começar já na tarde de hoje.

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Na espera, a companhia Costa Cruzeiros, proprietária do navio, concluiu um acordo com um grupo de associações de consumidores, que prevê uma indenização de 11 mil euros para cada passageiro, mais cerca de 3 mil euros de reembolso de gastos (preço do bilhete, eventuais gastos com transporte ou médicos).

“Este acordo envolve 3 mil passageiros de 60 países, entre eles 900 italianos. Acreditamos que 85% vão aderir ao acordo”, disse Adoc, uma das associações de consumidores italianos que participou das negociações.

Os que sofreram ferimentos ou perderam algum familiar não estão incluídos neste acordo, ressaltou Adoc.

“É um acordo histórico que coloca um ponto final em um caso dramático. Um acordo democrático que não faz distinção entre categorias sociais ou país de origem, é válido no mundo inteiro e a Costa Cruzeiros irá transmiti-lo em todas as línguas”, afirmou Carlo Pileri, presidente da Adoc.

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Desde a catástrofe, várias associações anunciaram a intenção de processar a companhia e diferentes coletivos de vítimas foram criados. Nos Estados Unidos, os valores das indenizações são superiores: no mínimo 125 mil euros por passageiro, “várias vezes esse número” para os feridos e “mais de um milhão”, talvez “vários milhões de euros”, para os parentes das vítimas mortas, disse um advogado.

Enquanto isso, a justiça continua com a sua investigação. Apenas duas pessoas foram acusadas: o comandante do navio Francesco Schettino e seu segundo comandante, Ciro Ambrosio, por homicídio múltiplo por imprudência, naufrágio e abandono de navio. Schettino teve prisão domiciliar decretada. Ambrosio, que foi deixado em liberdade, deverá depor durante o dia no Tribunal de Grosseto.

“Nós estamos tranquilos. Temos elementos que comprovam que Ambrosio se comportou de maneira correta”, declarou seu advogado Salvatore Catalano, citado pela agência de notícias Ansa.

O Costa Concordia transportava 4.229 pessoas, entre membros da tripulação e turistas. O naufrágio aconteceu depois que o navio bateu em um rochedo próximo da ilha, situada no principal arquipélago da Toscana.

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Mas a tragédia também tem as suas histórias engraçadas, como a de Massimo Donghi, um padre de Besana Brianza (norte), que comunicou à sua paróquia que partiria para um retiro espiritual, mas na verdade embarcou no cruzeiro… O coitado do religioso foi desmascarado por uma sobrinha, que também estava no navio e que enviou uma mensagem por Facebook para seus amigos assegurando que a família estava sã e salva, inclusive o tio Massimo.

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