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Acapulco vive dia de protestos por desaparecimento de estudantes

Chefe de gangue apontada como responsável pelo desaparecimento é capturado

Por Da Redação
17 out 2014, 22h25

As autoridades mexicanas anunciaram nesta sexta-feira a captura de um chefe da gangue conhecida como Guerreros Unidos, grupo criminoso apontado como responsável pelo desaparecimento de 43 estudantes na cidade de Iguala, no final de setembro. O procurador-geral da República, Jesús Murillo Karam, afimou que a detenção de Cidronio Casarrubias Salgado dá início a “uma nova rota de investigação que pode levar mais facilmente à verdade” sobre o caso.

Os alunos de magistério da Escola Rural de Ayotzinapa foram a Iguala no dia 26 de setembro para protestar contra políticas discriminatórias de contratação de professores e para arrecadar recursos. Quando retornavam, o ônibus em que estavam foi atacado. Há indícios de que a ação tenha sido realizada por policiais em conluio com o crime organizado. Até agora, 36 policiais e 27 integrantes da gangue foram detidos, segundo a imprensa mexicana.

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Nesta sexta-feira, milhares de pessoas tomaram as ruas de Acapulco para cobrar esclarecimentos sobre o desaparecimento dos estudantes. “Vivos foram levados, vivos os queremos”, gritavam os participantes da manifestação convocada por um sindicato de professores e organizações campesinas, e encabeçada por familiares dos desaparecidos.

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A marcha durou quatro horas, sob olhares dos turistas. Mas a cidade, que já foi um destino turístico de alto nível, também sofre com a violência. E os protestos dos últimos dias, afetou ainda mais o turismo, com cerca de 70% das reservas em hotéis canceladas. A própria embaixada dos Estados Unidos no México advertiu os cidadãos americanos sobre a manifestação de hoje e recomendou “evitar esta região durante a duração do protesto”.

Corpos – Nesta semana, Karam também anunciou que 28 corpos carbonizados que haviam sido encontrados em cinco valas perto de Iguala não são dos estudantes desaparecidos – uma segunda análise ainda será realizada. Um padre afirmou nesta sexta que uma testemunha lhe disse que os estudantes foram queimados vivos. O procurador-geral disse que o padre será convidado a prestar esclarecimentos sobre a declaração.

Em outro desdobramento do caso, os deputados do Estado de Guerrero decidiram em sessão extraordinária revogar o mandato do prefeito de Iguala, José Luis Abarca, acusado de manter laços com o narcotráfico. Ele foi chamado para prestar depoimento sobre o desaparecimento dos jovens, mas permanece em local desconhecido.

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(Com agências EFE e France-Presse)

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