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Abbas presidirá Governo de unidade palestino até a realização de eleições

Por Da Redação
6 fev 2012, 12h07

Cairo, 6 fev (EFE).- As facções palestinas rivais Fatah e Hamas superaram nesta segunda-feira o principal empecilho para sua reconciliação e acordaram em Doha que o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, dirija o Governo de união nacional que preparará as próximas eleições.

O acordo selado entre Abbas e o líder do Hamas, Khaled Meshaal, foi incentivado pelo Catar, onde os dirigentes mantinham conversas desde domingo.

Segundo o documento assinado, as duas partes se comprometem com a formação de ‘um Governo de consenso nacional’ que terá como missão preparar as eleições presidenciais e legislativas, previstas para o dia 4 de maio, e a reconstrução da Faixa de Gaza.

Em entrevista coletiva conjunta com Meshaal e o emir do Catar, xeque Hamad bin Khalifa Al-Thani, Abbas se comprometeu a cumprir com o acordo.

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‘Não assinamos só por assinar, mas com a intenção de aplicar tudo o que diz respeito às eleições e à reconciliação interna’, disse Abbas em ato transmitido pela emissora ‘Al Jazeera’.

Já Meshaal disse duas vezes que as partes estão sérias ‘para fechar as feridas, acabar com a divisão, aplicar a reconciliação e fortalecer a unidade palestina em todos os âmbitos’.

Segundo documento estipulado e lido nesta segunda-feira durante entrevista coletiva, o Governo será integrado por tecnocratas palestinos independentes e terá como missão tramitar as eleições gerais.

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Além disso, as partes concordaram em continuar trabalhando para reativar o Conselho Nacional Palestino, o principal órgão representativo da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), em paralelo à preparação das eleições.

Sobre este assunto, a comissão encarregada de desenvolver a OLP se reunirá dia 18 deste mês no Cairo.

Durante as negociações mantidas no Catar, Abbas anunciou a libertação de 64 pessoas para aplicar os pactos referentes à libertação dos presos políticos.

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Além disso, ele acordou com Meshaal prosseguir com o trabalho da comissão que se encarrega desse tema e do comitê para a reconciliação social.

Após a leitura do comunicado, o emir do Catar destacou que todos os pontos do documento ‘são uma prova da determinação do Hamas e do Fatah de devolver a unidade política ao povo palestino’. ‘A unidade palestina não é uma opção, mas um destino’, disse Al-Thani.

A disputa entre as duas facções remonta a junho de 2007 quando os islamitas tomaram o controle da Faixa de Gaza após expulsar as forças leais a Abbas, o que deu origem a dois Governos palestinos: um do Hamas em Gaza e outro da ANP, ligado ao Fatah, na Cisjordânia.

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Em maio, os grupos conseguiram com mediação egípcia assinar um pacto de reconciliação, pelo qual se comprometiam a criar um Governo de unidade que estaria a cargo de organizar eleições presidenciais e legislativas antes de um ano.

No entanto, o processo de reconciliação se estagnou pela falta de acordo entre os movimentos sobre a repartição de ministérios no Governo de união nacional.

A resposta de Israel ao acordo desta segunda-feira foi rápida e o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores israelense, Yigal Palmor, disse à Agência Efe que seu país lamenta esse anúncio porque considera que é ‘complacente’ com o Hamas, ‘o maior obstáculo à paz’ no Oriente Médio.

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‘É triste para aqueles que apoiam a paz entre israelenses e palestinos que o único resultado dos esforços seja mais complacência com o Hamas, o maior obstáculo no caminho da paz e do compromisso’, afirmou Palmor.

O Executivo palestino interino estará no poder até as eleições de 4 de maio, embora a Comissão Central Eleitoral palestina já tenha advertido que é ‘praticamente impossível’ celebrá-las nessa data por problemas de procedimento e logística.

As últimas eleições legislativas palestinas foram realizadas em 2006, com a vitória do Hamas, seguida por um boicote da comunidade internacional com o Governo nascente.

As eleições presidenciais realizadas um ano antes foram conquistadas por Abbas, e o Hamas tinha optado por não apresentar candidato. EFE

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