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A Era Trump já tem sua pintura favorita: ‘O Homem Esquecido’

A obra de Jon McNaughton foi comprada por Sean Hannity, âncora da Fox News, e pode virar peça decorativa na Casa Branca

Por Da redação
20 nov 2016, 09h19

Um pintor do Estado de Utah, nos Estados Unidos, definiu a vitória de Donald Trump na eleição à Presidência em um quadro à óleo: O Homem Esquecido (The Forgotten Man). A imagem mostra Barack Obama, cercado de ex-presidentes, pisando em alguns papéis (a Constituição, segundo o artista). Um homem sentado em um banco, que representa os cidadãos do país, parece chateado e ignorado pelo líder. Cristão, republicano e crítico ferrenho do democrata, Jon McNaughton pode ser o artista a definir o momento político americano.

Com pinturas realistas de temas religiosos e sátiras políticas, as obras de McNaughton são opostos da imagem que marcou a Presidência de Obama, eleito em 2008. O pôster moderno de autoria de Shepard Fairey mostrava uma imagem estilizada do democrata, em azul e vermelho, com a palavra “Esperança”, e ganhou as ruas nas mãos de apoiadores de Obama. Já o quadro de McNaughton ficou famoso ao ser citado por Sean Hannity, âncora da emissora Fox News, como uma representação do sucesso de Trump.

“Essas são as pessoas esquecidas”, disse Hannity, fã do pintor e defensor do magnata, durante a transmissão da apuração dos votos, no início do mês. “As pessoas de Wisconsin, Ohio, Iowa, Michigan, Pensilvânia e todo o país viram essa eleição pelo que ela é: uma falha gigante do governo… uma queda da nação. Homens e mulheres, nossos cidadãos esquecidos, gostam deste homem no banco”, afirmou, se referindo ao quadro de McNaughton. De acordo com o jornal The Guardian, Hannity apreciou tanto a crítica apresentada na pintura que adquiriu a obra após a eleição. Seu plano seria presentar Trump com o quadro, na esperança de que ornamente a Casa Branca.

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Longe de serem dignos de prêmios pela qualidade artística, os quadros de McNaughton começaram a fazer sucesso entre seus semelhantes: membros do movimento ultradireitista republicano Tea Party, que detestam o atual presidente democrata e, especialmente, abominam qualquer indício de socialismo. A série de obras é consistente nos temas, com sátiras de representantes democratas ou cenas de adoração religiosa. Entre as mais famosas estão uma pintura de Hillary Clinton denominada Com Artist, algo como “vigarista”, e uma imagem de Obama queimando a Constituição, intitulada Uma Nação Sob o Socialismo.

Dificilmente McNaughton será reconhecido por autoridades da arte, mas ainda terá trabalhos apreciados por apoiadores de Trump. Se o seu quadro mais conhecido, cujo preço não foi revelado, for de fato parar na residência presidencial, ao menos o artista estará envolvido em uma polêmica. Será que Trump, em sua nova fase conciliadora, aceitará uma imagem que culpa seu antecessor por esquecer o povo?

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