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Zidane completa 40 anos com a marca viva de gênio

Por Da Redação
23 jun 2012, 01h58

Zinedine Zidane era o tipo de jogador que tirava suspiros dos torcedores. O estilo clássico do francês abalava os marcadores mais ferrenhos e impressionava até mesmo aqueles que viram os maiores de todos os tempos. Neste sábado, o francês comemora o aniversário de 40 anos deixando um ar de nostalgia em seus fãs, mesmo sem atuar profissionalmente há seis anos.

‘Não tenha dúvida, acho que o Zidane foi um dos grandes craques do futebol mundial, um jogador que sabia ocupar os espaços, não tinha necessidade de grande velocidade, dava velocidade à bola. Se pudesse fazer uma comparação, ele parecia uma garça, aquela sutileza da garça era o Zidane em campo. Eu acho que foi um fora de série’, exalta Mário Jorge Lobo Zagallo, campeão mundial pela Seleção Brasileira como jogador, técnico e coordenador.

Aliás, Zidane fez o Brasil como a sua grande vítima. O camisa 10 francês é o principal carrasco do futebol pentacampeão na história das Copas do Mundo. Apenas Zizou deixou os brasileiros de joelhos em duas edições de Mundial, na final de 1998 e nas quartas de final de 2006.

‘Ele foi uma referência de qualidade técnica, de futebol bem jogado, um meia clássico, inteligente, que deixou a sua marca. Tivemos a infelicidade da Copa na França. O Zidane era o maestro daquele time francês, um nome reconhecido por tudo que fez’, explica o ex-volante César Sampaio, vice-campeão do Mundial de 1998 pela Seleção Brasileira e atual gerente de futebol do Palmeiras.

Mesmo ciente de que foi responsável pela tristeza de muitos brasileiros, Zidane não conteve elogios ao potencial dos pentacampeões mundiais e destacou o carinho recebido em uma visita ao País em 2008, ao inaugurar um campo de futebol em Heliópolis, bairro extremamente pobre de São Paulo: ‘O Brasil reinventou o futebol, ninguém é superior, não há melhor time. Fico muito feliz em estar 10 mil quilômetros longe de casa e ser reconhecido’.

Descendente de argelinos, Zidane é natural de Marselha, mas não conseguiu jogar no tradicional clube da cidade, o Olympique. O meia teve que galgar com paciência seu caminho de sucesso no futebol internacional. Ainda amador, atuou no Victório Mello Football Club. Em seguida, continuou no anonimato ao atuar no Septèmes-les-Vallons.

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A habilidade de Zidane chamou a atenção do Cannes para um estágio de seis semanas no fim da década de 80. A partir daí, ele começou a ver a chance de sucesso. No entanto, ainda passou dificuldades com o rebaixamento do seu clube na temporada 1991/92 e críticas pela irregularidade.

Ainda assim, Zidane ganhou um voto de confiança para atuar no Bordeaux e buscar um salto de qualidade. No clube, conquistou títulos e a primeira chance na seleção francesa, em 1994. Dois anos depois, o auge com o vice-campeonato da Copa da Uefa, na derrota para o gigante Bayern de Munique, da Alemanha.

A passagem para a Juventus, da Itália, foi marcada de maior tranquilidade, já que o clube vinha da conquista da Liga dos Campeões da Europa. Em 1997, já foi considerado o melhor estrangeiro do Campeonato Italiano e construiu uma imagem bem-sucedida com diversos títulos. Mas o melhor ainda estava por vir.

A partir de 1998, Zidane deu o primeiro passo para virar uma lenda. Líder da conquista francesa na Copa de 1998 diante do Brasil, ele foi considerado o melhor jogador da Europa e do mundo. Depois de ganhar a Euro 2000 por seu país, virou um dos símbolos do galáctico Real Madrid, da Espanha.

Veja fotos marcantes de Zinedine Zidane

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Áudio: Zagallo define Zidane como uma ‘garça’ pela sutileza em campo

No Santiago Bernabéu, Zidane obteve o título que lhe faltava: a Liga dos Campeões de 2001/02, com uma atuação primorosa e um golaço de voleio na decisão contra o Bayer Leverkusen, da Alemanha. Após o título espanhol de 2003, a expectativa era de uma curva descendente na carreira do meia, porém a campanha na Copa de 2006, com mais uma eliminação sobre o Brasil e o vice-campeonato mostrou que o talento poderia superar até limitações físicas. O lado negativo do Mundial da Alemanha ficou na cabeçada de Zizou contra o italiano Marco Materazzi, no último ato da carreira. O lance impensado não estragou, entretanto, tudo o que foi construído por um poeta do futebol, que segue com diversas ações beneficentes pelo mundo.

‘Sem dúvida, o Zidane foi um grande jogador. Tive oportunidade de jogar muitas vezes contra ele na Itália e naquela partida contra a França em 2006. Foi um grande craque, qualquer má lembrança fica no passado’, reforça o goleiro Dida, atualmente na Portuguesa e titular da Seleção Brasileira na derrota por 1 a 0 no Mundial da Alemanha.

A genialidade de Zidane é lembrada até mesmo pelos atuais jogadores profissionais do Brasil. O meia Jadson, do São Paulo, reconhece as qualidades técnicas de um ídolo de sua posição. ‘Jogador igual a ele vai ser difícil ver, com sua qualidade, tranquilidade. É um exemplo para todos. A proteção de bola dele era muito boa. E sua técnica e finalização eram qualidades fantásticas. Nisso, ele era ótimo’, encerra.

* Colaborou William Correia.

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